Assessora parlamentar Pauleteh Araújo sofre assédio em ônibus

Pauleteh Araújo, de 28 anos, moradora de São Sebastião e assessora da deputada federal Érika Hilton, sofreu assédio sexual em um ônibus na última sexta-feira (27). O suspeito, de 41 anos, foi preso em flagrante.

Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Civil, Pauleteh voltava de ônibus para São Sebastião, depois de uma consulta médica em Bertioga. O homem já estava embarcado quando a assessora chegou e passou a importuná-la, trocando de lugar diversas vezes e tentando sentar-se ao seu lado. Mesmo com a negativa de Pauleteh, ele continuou insistindo.

Por esse motivo, a assessora passou a registrar em vídeo as investidas do homem, que chega a oferecer dinheiro em troca de sexo, manipula seu órgão sexual, chegando a deixá-lo exposto. O vídeo divulgado por Pauleteh em suas redes sociais (veja reprodução abaixo) mostra as diversas tentativas de assédio.

 

Além disso, o suspeito também importunou sexualmente uma mulher com duas crianças pequenas, puxou os cabelos e passou as mãos nas pernas de outra, de 21 anos, que também prestou queixa.

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(Foto: Reprodução Instagram)

Neste momento, a assessora decidiu pedir ajuda ao motorista do ônibus que, prontamente, parou em posto da Polícia Rodoviária. Então, com reforço da Polícia Militar, o homem foi preso em flagrante por importunação sexual.

Assessora rebate suspeito

Na Delegacia de Polícia Civil de Bertioga, em sua defesa, o suspeito afirmou pensar que Pauleteh estaria “dando mole” para ele e que fosse uma garota de programa e, por esse motivo, ofereceu dinheiro. Incrédula, a assessora se pronunciou nas redes sociais neste domingo (29). “Em depoimento, o assediador disse que eu dei mole para ele. Primeiramente, ele já estava mexendo com outras pessoas no ônibus antes de eu entrar, inclusive uma criança de três anos”, destacou Pauleteh.

“Além disso, sou uma pessoa pública e as pessoas me cumprimentam o tempo todo. Quando entrei no ônibus ele já disse que eu deveria sentar ao lado dele”, pontuou ela. Sobre a proposta financeira, Pauleteh foi enfática: “Eu não sou garota de programa, mas e se fosse? Eu não mereceria respeito? Eu nunca vi nenhuma garota de programa atender dentro de um ônibus lotado de crianças”.

A assessora finalizou seu desabafo lembrando que as vítimas não denunciam com medo do descrédito. “As mulheres são descredibilizadas se estavam sozinhas ou se usavam determinada roupa ou por estarem naquele horário em determinado local. Sempre justificando o ato do assediador”.

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