A primeira pesquisa de intenção de votos para prefeito de São Sebastião, direcionada pelo Instituto Paraná, e autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral, foi cancelada. O estudo foi realizado entre 23 e 28 de junho, com 700 eleitores, e teria margem de erro de 3,8%.
O registro no TSE foi cancelado pelo próprio instituto. Paralelamente, o partido Podemos, que representa o pré-candidato governista, Reinaldinho Moreira, havia pedido impugnação do estudo.
O pré-candidato pelo partido de Solidariedade, Dr. Nil e Talles Fully (DC) também expressaram indignação por não aparecem como opção de voto.
Os nomes não constam nas perguntas de 7 a 9 do questionário, nem nos discos de nomes utilizados para auxiliar os eleitores. Na pesquisa, havia apenas quatro nomes como opção de voto em São Sebastião: Dr. Juan Garcia, Diogo Nascimento, professor Gleivison Gaspar e Reinaldinho.
O Solidariedade emitiu nota para a imprensa chamando de injustificada a exclusão do pré-candidato. Ainda acrescenta que a mesma “pode ser vista como uma prática que distorce a percepção pública e prejudica a igualdade de condições entre eles, ferindo a democracia”.
O partido informou ainda que junto com a coordenação da pré-campanha, também tomou medidas legais para impugnação de qualquer resultado fornecido pela pesquisa.
“Esse método de política desonesta não apenas macula o processo eleitoral, mas também compromete inteiramente a confiabilidade dos resultados e do instituto responsável”, declarou Dr. Nil.
Procurado pela redação do Nova Imprensa, o pré-candidato Talles Fully declarou: “vejo como um ato de desespero de quem encomendou tal pesquisa”.
Reinaldinho afirmou que “todo ano esse grupo político usa a mesma estratégia de ficar soltando pesquisa falsa, feita de qualquer jeito, sem critério técnico correto, para tentar enganar o povo de São Sebastião. Os apoiadores, empresários, criam cenários fabricados para mostrar alguma vantagem”.
Por outro lado, professor Gleivison é favorável a pesquisa. “Acho que barrar os dados é uma tentativa escancarada de esconder a voz das ruas”. E complementou afirmando que ao contrário do que dizem, ele não é responsável pelo estudo. “Eu não encomendei nada. Nem dinheiro pra isso eu tenho”.
Já o Dr. Juan contou que havia informações de bastidores, há mais de 20 dias, sobre uma suposta pesquisa fraudulenta, com números altamente distorcidos. “Buscavam algum instituto que registrasse o resultado manipulado, a priori, parece que encontraram. Quem fez a impugnação deve ter evidências suficientes para justificar a ação. Aparentemente a impugnação levou a retirada do registro da tal pesquisa, por parte do instituto, o que reforça a tese de que havia algo errado”, afirma ele.