Inscrições para curso profissionalizante de cinema caiçara terminam hoje

As inscrições para o curso profissionalizante gratuito de cinema terminam nesta quinta-feira (18). A iniciativa é da Escola Livre de Cinema Caiçara, que convida jovens entre 18 e 29 anos, residentes nas cidades de Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela a participar.

As aulas começam no próxima segunda-feira (22) e vão até o mês de dezembro. a especialização permitirá que os alunos trabalhem no mercado audiovisual. Ao todo serão ofertadas 40 vagas e um conselho pedagógico fará a seleção dos estudantes, levando em consideração o interesse demonstrado em participar da formação.

Para se inscrever não é necessário ter experiência prévia no mercado audiovisual e nem comprovar escolaridade mínima.

Os interessados precisam ter disponibilidade de frequentar aulas às segundas e quintas-feiras, das 19h às 22h, em São Sebastião, e de participar do encontro de integração, que acontecerá no sábado (20). Além de se comprometerem a atender pelo menos 70% das aulas, teóricas e práticas.

Os inscritos podem ser chamados para entrevistas de seleção, portanto devem estar atentos a seus emails e redes sociais da escola.

As inscrições podem ser feitas pelo formulário disponível aqui  ou no perfil do Instagram.

O curso

O curso será ministrado presencialmente na cidade de São Sebastião, na sede da Fundação Educacional e Cultural de São Sebastião (Fundass), durante os meses de abril a dezembro de 2024.

Na primeira fase do curso os alunos terão 16 semanas de curso teórico, com aulas de introdução ao cinema, desenvolvimento de projetos audiovisuais, direção, cinematografia, roteiro, entre outros.

Na segunda etapa serão mais 16 semanas de aulas práticas, e os alunos terão uma verba de R$ 40 mil para produzir uma obra audiovisual, dividindo-se entre todas as funções necessárias, como direção, direção de fotografia, captação de áudio, edição, produção etc., praticando todas as etapas do processo de produção. Ao final, o trabalho será apresentado em um evento aberto ao público.

Essa segunda etapa terá a coordenação da roteirista e documentarista Juliana Borges, uma das produtoras do Citronela Doc – Festival de Documentários de Ilhabela, uma das instituições responsáveis pela escola.

Das 40 vagas oferecidas, 24 alunos receberão uma bolsa-auxílio no valor de R$ 350 mensais, para despesas de transporte e alimentação. “A ajuda de custo tem o objetivo de garantir a permanência dos alunos até o fim”, diz Débora Bergamini, fundadora da Chocadeira: incubadora de projetos culturais e uma das instituições responsáveis pelo projeto.

Além disso, 20 bolsas serão distribuídas entre estudantes mulheres, negros, indígenas e membros de comunidades caiçaras tradicionais, com prioridade para estudantes com menor renda familiar, estudantes da comunidade LGBTQIAP+ e participantes no Programa Universidade Para Todos (Prouni). Finalmente, quatro bolsas estão reservadas para pessoas com deficiência.

O projeto fará um estudo das necessidades específicas dos alunos com deficiência selecionados e medidas adaptativas poderão ser implementadas, como tecnologia de transcrição simultânea, contratação de tradutores de libras e adaptações espaciais.

O curso terá o acompanhamento de um professor permanente e também contará com a participação de educadores da região litorânea e de outras partes do Brasil, profissionais renomados do mercado de cinema e especialistas nos tópicos tratados a cada semana nas aulas.

Um dos convidados é o diretor e produtor Francisco Cesar Filho, criador e organizador da Mostra do Audiovisual Paulista, e diretor do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo.

Escola de Cinema

cinema
Citronel Doc, de Ilhabela, é um dos projetos que organizam o curso (Foto: Marcos Finotti)

A Escola Livre de Cinema Caiçara é uma iniciativa da produtora cultural DBM, do coletivo Citronela Doc e da Chocadeira.. O patrocínio é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo do Governo do Estado, por meio da Lei Paulo Gustavo (Ministério da Cultura – Governo Federal). O apoio é da Fundass.

“Nosso objetivo é garantir que os jovens da região consigam entrar nesse mercado, valorizando a cultura caiçara e sua concepção de mundo”, afirma Débora.

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