A implantação da Defesa Civil no Estado de São Paulo completou 48 anos. A celebração da data foi realizada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, com citação sobre as tragédias que assolaram o Litoral Norte.
O secretário-chefe da Casa Militar e coordenador de Proteção e Defesa Civil, coronel PM Henguel Ricardo Pereira, relembrou a catástrofe provocada pelas chuvas em Caraguatatuba, em 18 de março de 1967. Bem como a tragédia 19 de fevereiro de 2023, em São Sebastião, e os incêndios nos edifícios Andraus e Joelma, na capital.
A enxurrada em São Sebastião resultou em 64 mortes e milhares de desabrigados. Mas, mais do que isso, no árduo trabalho de recuperação e a solidariedade envolvidos junto à comunidade, que participou do vídeo comemorativo da institutição.
“Está aqui meu amigo Waguinho (o agente Wagner Barroso, então diretor da Defesa Civil de São Sebastião), que vivenciou comigo e centenas de pessoas que estiveram em São Sebastião e sentiram na pele a importância da proteção à pessoa”, frisou o coordenador Henguel.
Ainda conforme ele, o trabalho da Defesa Civil ganhou um destaque especial nesta gestão e hoje trabalha em obras de recuperação que traz dignidade às pessoas, “àquela criança que pode atravessar a ponte para ir à escola, às pessoas que podem se locomover na sua comunidade porque a Defesa Civil está ali”, lembrou.
Em São Sebastião, a Defesa Civil do Estado liberou recurso para duas obras realizadas em áreas afetadas pela catástrofe, sendo uma delas em Toque-Toque Grande e a outra em Cambury, com investimento de mais de quase R$ 10 milhões.
Em Toque Toque Grande está em recuperação o Rio Itajubá, onde a construção está sendo feita em gabião de rocha, que é uma gaiola metálica formada por fios de aço galvanizado, resistente a intempéries, e preenchida por pedras. O valor total da obra é de R$ 8,1 milhões, sendo R$ 5,5 pagos com verbas do Governo do Estado e os demais R$ 2,7 milhões, com recursos do município para evitar tragédias.
Já em Cambury, o recurso de R$ 3,7 milhões é para a recuperação do morro na Rua Olímpio Faustino, onde houve escorregamento de terra. O local recebe a contenção de talude com retaludamento e muro atirantado para ‘prender’ a terra e evitar novos deslizamentos.