Animais vítimas da tragédia de São Sebastião continuam a espera de um novo lar

Após quase oito meses meses da tragédia que devastou São Sebastião, animais que ficaram sem lar ainda aguardam para ser adotados. As fortes chuvas e os deslizamentos de terra destruíram centenas de casas na região e deixaram 60 mortos.

Uma dessas residências pertencia a uma acumuladora de animais – nome comumente usado para referir-se a pessoas que sofrem de um transtorno psiquiátrico chamado de Síndrome de Noé. A condição causa uma compulsão em abrigar mais e mais animais, sem perceber as condições insalubres às quais as pessoas e os bichos acabam submetidos.

Tatiana Sales, presidente da ONG Confraria dos Miados e Latidos, afirma que só quem já entrou em uma casa de acumulador consegue compartilhar a sensação: “É muito difícil colocar em palavras. A parte mais impressionante costuma ser o cheiro. Anos e anos de urina e fezes acumuladas, restos de ração e por vezes até corpinhos que não resistiram à disputa pelos poucos recursos. É um cenário devastador.”

Já tendo sofrido uma vez pelo abandono e uma segunda vez ao serem “resgatados” por uma pessoa que não tinha condições de lhes oferecer uma vida digna, um grupo de 17 gatos sofreu um terceiro golpe: se viram do dia pra noite sem um teto e rodeados de água.

Em uma ação coordenada por várias entidades da Proteção Animal, o Grupo de Resgate Animais em Desastres (GRAD) deu uma nova chance às pequenas vítimas, quase invisíveis em meio a tanta comoção.

A professora Vânia Plaza Nunes, presidente e fundadora do GRAD, explica a principal função da entidade. “O GRAD existe justamente com o objetivo de promover ajuda humanitária aos animais e pessoas em circunstâncias de vulnerabilidade em desastres, com equipe técnica qualificada e capacitada para atuar em diferentes situações”.

Falta de informação sobre a FIV ainda é uma barreira

Dos 17 gatos salvos, nove foram assumidos pela ONG Confraria Miados e Latidos. Destes, quatro ainda não ganharam um lar, pois testaram positivos para FIV – a AIDS Felina.

“A FIV não é uma sentença de morte. A maioria dos gatinhos chega a viver vidas longas, felizes e saudáveis. Porém, como ela é transmissível, os gatinhos FIV positivos só podem ser doados para lares em que não haja outros gatos negativos para a doença. Isso acrescenta uma camada adicional de dificuldade na hora de promover a adoção”, acrescenta Tatiana.

Conheça abaixo os quatros gatinhos que sobreviveram ao abandono, uma vida em situação de acumulação, um desastre ambiental e a uma doença crônica – e que agora só precisam de uma família para chamar de sua:

Cabo 70
https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/cabo70

Compadecida


https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/compadecida-1

Bolinha


https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/bolinha

Teperoá


https://www.miadoselatidos.org.br/product-page/tepero%C3%A1

Para adotar um deles, é só escrever para o e-mail queroadotar@miadoselatidos.org.br ou mandar mensagem pelo Whatsapp (11) 2341-9870.

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