Estado confirma caso de febre maculosa contraída em São Sebastião

A Secretaria de Saúde do Estado  confirmou o primeiro caso de febre maculosa em São Sebastião em 2023. O caso é de uma mulher, de 52 anos, moradora de São Paulo, que foi diagnosticada após passar uns dias em Cambury, na Costa Sul.

O caso ocorreu e janeiro, mas a confirmação só saiu no dia 24 de maio após a notificação ser aberta em fevereiro, na capital. O município foi informado no dia 31 de maio.

Segundo relato da paciente, ela visitou a cachoeira do Sertão do Cacau e foi acompanhada por um cachorro sem dono durante o passeio. Nessa ocasião, ela percebeu a presença de um carrapato em seu pé direito e solicitou a ajuda do esposo para removê-lo.

No dia seguinte, a mulher apresentou mal-estar, febre e manchas vermelhas pelo corpo, além de edema e pus no local da picada, o que a levou a fazer uso de antibióticos.

Segundo a Secretaria da Saúde, dos 19 casos confirmados no Estado este ano,  cinco seguem em investigação para descobrir o local provável de infecção (LPI), incluindo dois dos nove óbitos.

Estão confirmados testes positivos nos municípios de: Campinas (7, sendo 6 óbitos); Salto Grande (1); Cabreúva (1, que evoluiu para óbito); Indaiatuba (1); Batatais (1); Pontal (1);  Tanabi (1) e  São Sebastião (1).

Febre maculosa

A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. A doença pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até casos graves, com elevada taxa de letalidade.

Há também a possibilidade de que a transmissão da bactéria ocorra no momento em que os carrapatos infectados e aderidos à pele dos hospedeiros forem retirados com as mãos desprotegidas, além do habito que se tem de esmagá-los com as unhas, ação que pode expor o homem à hemolinfa dos carrapatos infectados provocando a transmissão do patógeno.

Os principais sintomas são: febre alta e súbita, manchas na pele, dores de cabeça, secreção nos olhos, dor muscular e articular, mal-estar, dores abdominais, vômito e diarreia. Eles podem aparecer de dois a 14 dias, com média de sete dias após a picada do carrapato.

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