Comércios e ‘flanelinhas’ bloqueiam vagas de estacionamento em São Sebastião

Conseguir estacionar nas vias próximas às praias da Costa Sul de São Sebastião virou missão das mais difíceis, principalmente aos finais de semana. Além do aumento no movimento, obstáculos bloqueiam vagas públicas de estacionamento.

Em Cambury, na avenida paralela à praia, tem de tudo: cones, cavaletes, vasos, tambores, guarda-sóis, mesas etc. A maioria dos obstáculos é colocada por comerciantes, para impedir o estacionamento em frente ao estabelecimento.

O dono de uma adega usou tambores personalizados, que servem também de mesas para seus clientes. Questionado pelo Nova Imprensa, o comerciante disse que reserva a vaga para descarga de mercadorias, e alega que já teve problemas com carro que ficou dias estacionado no local.

Em outro ponto da avenida, em Camburizinho, a reportagem retirou um cone que bloqueava uma vaga. Ao estacionar o carro, a reportagem foi abordada pelo dono de um restaurante. Ele solicitou a retirada do carro, alegando que iria colocar mesas e cadeiras na vaga pública.

Os obstáculos são usados também por imobiliárias, com cavaletes em diversos pontos da via.

Em Maresias a situação é parecida. Na Avenida Francisco Loup, trecho da rodovia, ‘flanelinhas’ também usam caixotes para reserva de vagas.

Além de bloquearem estacionamento, os obstáculos impedem a simples parada para embarque e desembarque, o que acaba atrapalhando o fluxo das vias.

Conforme o artigo 246 do Código de Trânsito Brasileiro, “obstaculizar a via indevidamente” é infração gravíssima, sujeita à multa, “podendo ser agravada em até cinco vezes, a critério da autoridade de trânsito”.

O artigo 26 ainda diz que: “os usuários das vias terrestres devem abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos”.

O Nova Imprensa procurou o Departamento de Tráfego de São Sebastião, que não quis informar se fiscaliza essa irregularidade. Um agente de trânsito disse à reportagem que seria competência da fiscalização de posturas ou da guarda municipal. “Não temos como notificar o comércio”, respondeu ele.

A reportagem conversou também com um fiscal de posturas, que admitiu a competência para coibir os obstáculos colocados por comércios.

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