O rum Cavendish, criado em homenagem ao Litoral Norte, foi premiado com a medalha de prata na 24ª edição da Seleção de Bebidas Espirituosas pelo Concurso Mundial de Bruxelas. Famosa por ser uma das principais competições de bebidas em todo o mundo, somente esse ano o evento teve mais de 2 mil inscrições, representando 60 países.
A disputa aconteceu em Guadalupe, território ultramarino francês. Entre os dias 20 e 24 de junho, 120 especialistas participaram de degustações e elegeram os melhores destilados do mundo, através de três tipos de medalha: grande medalha de ouro, medalha de ouro e medalha de prata.
Agora, os campeões são a França (incluindo seus territórios ultramarinos), China e Brasil. Entre as bebidas, portanto, o grande destaque da edição foi o rum, bastante aclamado pelo júri, representando 39% do total de produtos premiados no evento.
“O rum está vivendo uma fase bastante positiva no Brasil e no mundo, pois é uma bebida versátil e utilizada em drinks rápidos ou mais elaborados”, afirma Joseph Van Sebroeck, criador do Cavendish. A bebida foi desenvolvida em 2021, e é um produto 100% nacional, feito com notas aromáticas de banana, cana de açúcar e especiarias.
O rum e a homenagem ao Litoral Norte
Além do sabor, Sebroeck decidiu fazer uma homenagem ao Litoral Norte de São Paulo. Cavendish na verdade é o sobrenome do pirata inglês Thomas, que fez história quando usou Ilhabela como sua base por cinco anos.
O pai do empreendedor contava a história do pirata quando ele era criança. Então o nome foi uma forma que Sebroeck encontrou de homenagear a ilha onde vive, assim como de manter vivo o legado do pai, Etienne Van Sebroeck. Ele começou a produzir cachaça em 1958 em uma propriedade da família localizada na região.
“É uma emoção muito grande receber esse prêmio em um evento tão importante, pois eu lancei o rum no ano passado e foi a primeira vez que entrou em um concurso”, explica o empreendedor. ”
O rum começou a ser produzido no Brasil em 1433, quando o cultivo da cana-de-açúcar chegou na região de Caraíbas, no período de Cristóvão Colombo. Além disso, a bebida sempre teve uma ligação muito forte com a história dos piratas. Muitas pessoas afirmam que antes das batalhas, por exemplo, os saqueadores do mar bebiam rum como uma forma de se sentirem mais corajosos.