Morreu mais uma baleia-jubarte, a segunda no Litoral Norte nesta semana, desta vez encontrada em Ubatuba. O animal estava flutuando entre a Ilha das Palmas e a Ilha Anchieta. A equipe do Parque Estadual encontrou o cetáceo e acionou o Instituto Argonauta, que fez o resgate e o encalhe, na quarta-feira (27).
A equipe de veterinários foi de barco foi até o local onde estava o animal. Era um jovem machoe a carcaça tinha aproximadamente sete metros e estava enrolada em uma rede de pesca do tipo boiada (tipo de rede de emalhar com boias), com aproximadamente 50 metros de comprimento.
Na rede havia alguns ainda cações, uma corvina e um caranguejo-relógio.
A equipe do Instituto removeu todo o petrecho do corpo da jubarte. Na sequência coletou materiais como pele, gordura e músculo para pesquisa. Em seguida, providenciaram o encalhe controlado do animal, seguindo a técnica desenvolvida pelo Instituto Argonauta. Além disso, por medida de segurança, amarraram e ancoraram a carcaça para se decompor naturalmente e evitar que a maré a desencalhe.
Apenas dois dias antes, outra jubarte, pesando aproximadamente 30 toneladas e 12 metros de comprimento, foi encontrada morta em São Sebastião. O animal flutuava próximo à Ilha do Montão de Trigo e Ilha dos Gatos e a equipe do Instituto Argonauta também a rebocou para coleta de material.
A técnica de desencalhe
Segundo o presidente do Instituto Argonauta e oceanógrafo, Hugo Gallo Neto, é mais fácil atuar neste tipo de ocorrência quando as baleias ainda estão boiando. “Desenvolvemos essa técnica após observar, acompanhar e executar o enterro de várias baleias em diversas situações. Entretanto, muitas vezes causam transtornos à população e navegação”, conta Gallo.
“Outro benefício da técnica é que utiliza pouco recurso financeiro, já que o manejo com baleias não é fácil e necessita de máquinas e equipamentos de grande porte”, concluiu o oceanógrafo.