Dois anos depois do fechamento das escolas causado pela pandemia do coronavírus, a Prefeitura de São Sebastião resolveu contratar uma plataforma virtual de aprendizagem. O valor do contrato de um ano, publicado na semana passada, é de R$ 2,6 milhões.
De acordo com o edital da licitação, assinado pela secretária de Educação, Marta Braz, o sistema “visa atendimento dos alunos, pais, professores e equipe pedagógica perante as aulas remotas”.
O documento diz ainda que o objetivo é criar “o suporte necessário para o futuro ensino híbrido (metodologia a ser adotada no retorno das aulas presenciais em conjunto com as aulas remotas, logo que a situação sanitária permitir)”.
As aulas presenciais, no entanto, retornaram há quase um ano, e o ensino híbrido jamais existiu na rede pública municipal. Antes da reabertura das escolas, as aulas remotas eram feitas por meio de uma plataforma gratuita do Google.
A empresa contratada para implantar o novo sistema é a Apus, de Pindamonhangaba. Foi a única participante da licitação, ocorrida em março.
Um contrato semelhante foi feito pela Prefeitura de Taubaté, em setembro do ano passado. O valor é R$ 500 mil a menos que o contrato de São Sebastião, apesar de Taubaté ter o triplo de alunos na rede de ensino.
O Nova Imprensa questionou a utilidade do sistema no atual momento, em que as aulas remotas não fazem mais parte da estratégia de aprendizagem. A Prefeitura e a Secretaria de Educação não responderam até a publicação desta matéria.