O detento que matou a companheira durante uma visita íntima no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba foi condenado, nesta quarta-feira (25), a 30 anos de prisão em regime fechado. Ele não poderá recorrer em liberdade.
O crime ocorreu em janeiro de 2016, quando Pedro Antônio Dutra Vieira, que tinha 38 anos na época, usou uma corda artesanal feita com sacos plásticos para enforcar a vítima, de 33 anos, dentro de um dos banheiros da unidade prisional. Um dos presos, com formação em técnica de enfermagem, ainda tentou reanimar a mulher, mas ela não resistiu.
Na época, a Polícia Civil relatou que os agentes penitenciários perceberam que uma das mulheres não havia deixado o local após o horário de visitas. Ao verificarem, viram um tumulto no pátio da unidade e flagraram presos agredindo o assassino.
O detento que matou a companheira estava preso por tentativa de homicídio contra a mulher que matou. Agora, ele foi condenado por feminicídio em contexto de violência familiar, com menosprezo à condição feminina e a qualificadora de uso de meio cruel.
Vítima e agressor eram moradores do bairro Olaria, em Caraguá. O filho da dela também estava na visita quando a mãe foi morta.
O CDP de Caraguatatuba tem capacidade para 847 presos, mas na época do homicídio abrigava uma população de 1.313 internos.