Os três Iphones, comprados na última semana, ao custo de R$ 5.299 cada, foram os celulares mais caros já adquiridos pela Prefeitura de São Sebastião. Somente no período de março do ano passado até hoje, foram comprados 30 aparelhos, que somam um gasto de R$ 42.044.
A Secretaria de Saúde comprou quatro em junho deste ano, com as mesmas especificações de um Galaxy A01, um modelo básico. Pagou R$ 999 em cada celular. O Nova Imprensa apurou que, na data em que foi emitida a nota fiscal, esse modelo era vendido a R$ 494 na internet.
Uma semana antes, outros quatro celulares haviam sido comprados pela Secretaria de Desenvolvimento Social. Eram do mesmo modelo, que dessa vez custaram R$ 898, pagos com verba federal.
Em setembro de 2020, foram mais 11 celulares por R$ 989 cada. A justificativa diz que os aparelhos serviriam aos “membros da Casa dos Conselhos”, que precisariam ter “meios avançados para oferta de serviços e benefícios”. A “Casa dos Conselhos” é apenas um prédio usado para reuniões de conselhos municipais, que totalizam mais de 200 membros. Não há oferta de serviços nem de benefícios neste local.
No início da pandemia, em março do ano passado, foi comprado um celular que teria a finalidade de “esclarecer dúvidas sobre o coronavírus”. Apesar de ser um modelo superior aos outros citados, teve um custo menor, de R$ 749, vendido pelas Casas Bahia.
Oito dias depois, a Prefeitura resolveu comprar mais sete celulares do mesmo modelo, mas escolheu um fornecedor da cidade de Ferraz de Vasconcelos, e pagou um pouco mais caro – R$ 976 cada. Cinco deles comprados também com verba federal, transferida para o fundo de assistência social.
Celulares sem justificativa
Em todas as compras, as justificativas publicadas no portal da transparência não deixam claras as tarefas que seriam realizadas com os aparelhos. No caso dos Iphones, a justificativa da compra não foi sequer publicada.