A Justiça bloqueou aproximadamente R$ 1,7 milhão da conta do prefeito de Ilhabela, Antônio Colucci, por improbidade administrativa na sua gestão anterior. A ação diz respeito a contratos firmados sem licitação para serviços e infraestrutura do evento de aniversário da cidade, em 2016. O gestor nega as acusações.
Em ação ajuizada pelo promotor Cauã Nogueira de Araújo, o Ministério Público alega ter havido atos de irregularidade na locação sem licitação de estruturas, palco, tenda, geradores, arquibancadas, camarins e e outros itens.
A liminar atinge ainda a ex-secretária de Desenvolvimento Econômico, Cleuza Maciel, e o secretário jurídico, Luís Henrique Homem Alves, que segue no atual mandato. A empresa responsável pela locação da estrutura de eventos e dois empresários também devem responder pelo caso.
O processo corre em segredo de justiça e, segundo a prefeitura Colucci ainda não foi citado na ação. Ele alega ainda que nada ocorreu de forma ilícita na contratação do evento.
“Agimos corretamente na condução do processo. Embora a licitação não estivesse válida, o contrato foi fruto de uma licitação. Usamos ela como base e estendemos o prazo de validade dela nos mesmos valores de 12 meses atrás. Acho estranho no fim do prazo prescricional o Ministério Público tirar da gaveta este processo. Eles têm essa prerrogativa, mas pedir indisponibilidade de bens acho um absurdo. Eu também tenho direito de questionar abuso de autoridade”, afirma o prefeito.
Ex-prefeitos também são alvo da Justiça
Em menos de um mês outros dois ex-prefeitos de Ilhabela, que também respondem por improbidade, tiveram bens bloqueados pela Justiça. Márcio Tenório teve mais de R$ 4 milhões indisponibilizados por conta da compra de um terreno superfaturado no bairro do Perequê para a implantação do Centro de Referência da Mulher. Os antigos donos receberam R$6,5 milhões pela transação.
O ex-prefeito foi cassado em 2019 e sua vice, Gracinha Ferreira, assumiu a prefeitura. Ela teve bens bloqueados em junho deste ano, acusada de improbidade na aquisição de outro terreno, na Barra Velha, para implantação de um projeto de habitação popular.
