A Justiça condenou o ex-vereador de Caraguatatuba, Flávio Rodrigues Nishiyama Filho, por associação criminosa com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e associação ao tráfico. Ele foi condenado a 10 anos de reclusão em regime inicialmente fechado.
O Tribunal de Justiça de São Paulo já havia negado a concessão de habeas corpus e prisão domiciliar ao político, que também é advogado.
A denúncia foi oferecida pelo promotor de Justiça Renato Queiroz após deflagração da Operação Código de Ética, realizada em conjunto com a Polícia Federal, a Polícia Civil e a Polícia Militar, em agosto de 2020.
PCC no litoral
Na época, a investigação cumpriu mandados em Caraguatatuba, São Sebastião, Ubatuba, Taubaté e Campinas. A polícia aponta que uma série de advogados trabalhariam para traficantes no litoral e interior paulista.
Segundo o delegado da Polícia Federal, Gilberto Moura de Castro Junior, o vereador usava de sua profissão como advogado para entrar em contato com distribuidores de drogas que eram presos na região e realizar acordos para que não entregassem os líderes do PCC.
Ele seria responsável ainda por fazer as minutas e contratos de locação de casas onde funcionavam os pontos de armazenamento de drogas no Litoral Norte. Por isso, ele foi considerado como membro da quadrilha.