Segundo dados dos pescadores ligados ao entreposto de pesca do Camaroeiro, em Caraguatatuba, houve um aumento de 50% nas vendas de peixes, crustáceos e moluscos, após a revitalização do espaço, em 2020. A categoria atribui o aquecimento ao fim dos atravessadores que atuavam no local.
O presidente eleito da Associação dos Pescadores da Praia do Camaroeiro, Glaidson Alves Macedo, o Gresso, lembra como era a situação anterior. “Antes da gestão do prefeito Aguilar Junior, atravessadores dominavam o comércio do pescado, traziam produtos do Ceasa (em São Paulo) e vendiam como se fossem daqui. Muitas vezes, os pescadores não tinham pra quem vender o seu peixe e camarão. Hoje, com a fiscalização municipal, os pescadores e suas famílias conseguem comercializar diretamente. Somos respeitados e vendemos aqui os produtos da pesca de Caraguatatuba, sem peixe de fora”.
A secretária de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Tatiana Soares Scian, também destaca as ações do governo. “A gestão tem investido constantemente na melhoria da qualidade de vida e do trabalho da comunidade pesqueira de Caraguatatuba. Prova disso é que hoje nosso pescado é comercializado em toda a região e o camarão, por mais improvável que pareça, está muito mais barato que a carne bovina”.
Mão de obra
O município possui outros três entrepostos pesqueiros nos bairros da Tabatinga, Cocanha e Porto Novo. Essas unidades também recebem suporte da Prefeitura, tanto no investimento em infraestrutura, quanto em capacitações da mão de obra local.
A secretaria tem intensificado ações em conjunto com o Sebrae, bem como suporte logístico para que o pescador esteja regularizado junto ao governo federal.
Outra iniciativa de capacitação é a realização de treinamento em boas práticas de manipulação de alimentos, realizado pela Vigilância Sanitária, que tem como objetivo capacitar os pescadores e suas famílias no manuseio e conservação de alimentos para que a qualidade e segurança do pescado seja prioridade.
Píer para os pescadores
O próximo projeto de melhoria para os pescadores deve ser o Píer do Camaroeiro, que aguarda apenas a autorização da Marinha. A primeira fase da obra está orçada em R$ 30 milhões e inclui o enrocamento do Rio Juqueriquerê, na região sul, com objetivo de melhorar a navegabilidade e segurança do tráfego aquaviário.
Desta forma, os pescadores não precisarão mais aguardar a maré alta para entrar no rio, dando mais agilidade no descarregamento do pescado e reduzindo os custos operacionais, o que impacta também no preço final ao consumidor.
A mudança no rio também deve evitar alagamentos em bairros que sofrem com as chuvas, como Morro do Algodão, Rio Marinas, Barranco Alto e Porto Novo, evitando, assim, as inundações.
Turismo
Outra aposta do governo é ampliar as visitas turísticas aos estrepostos de pesca. O Plano Diretor de Turismo inclusive prevê a realização de feiras relacionadas à gastronomia e cultura caiçara nos locais.