Anta prenha morre atropelada na Rodovia Oswaldo Cruz

Uma anta prenha morreu atropelada na Rodovia Oswaldo Cruz, em Ubatuba, na última sexta-feira (18). A fêmea adulta pesava 210 quilos e tinha quase dois metros de comprimento. O filhote também não resistiu.

O Instituto Profauna foi acionado pela equipe do Parque Estadual da Serra do Mar, e identificou que o anta apresentava um grande volume abdominal e também estava com as mamas e glândulas mamárias bastante desenvolvidas.

O diretor do instituto, Tiago Leite, informou que o animal após a colisão, ainda conseguiu adentrar cerca de 50 metros na mata, “o que nos sugere que o animal agonizou até sua morte”, lamentou.

O atropelamento de fauna silvestre é um grave problema e que gera uma série de impactos negativos para a biodiversidade brasileira, explica o diretor da Profauna. “Estimativas apontam que por ano cerca de 475 milhões de animais silvestres perdem a vida nas estradas, rodovias e ferrovias brasileiras”.

anta
Foto: Instituto Profauna/Divulgação

Leite explica que é importante o aproveitamento científico do corpo do animal, por isso foi montada uma grande operação de resgate e entrega ao laboratório de anatomia animal da Universidade Anhanguera, de São José dos Campos, para os alunos de medicina veterinária.

Já na Universidade, a anta foi pesada e submetida a coleta de amostras de tecido para análise de DNA.

A anta

A anta é um animal de grande porte que pode medir entre 1,7 a 2 metros e pesar até 300 quilos. A espécie é o maior mamífero terrestre brasileiro.

Sua coloração varia entre o marrom e o cinza escuro, possuindo quatro dedos nas patas anteriores e três dedos na patas posteriores. A espécie é considerada um indicador de qualidade ambiental, sendo encontrada em diversos tipos de ambientes florestais. Geralmente possuem hábitos noturnos e solitários.

Sua gestação dura cerca de 13 meses, tendo apenas um filhote por vez, que nasce com um padrão de pelagem escura com listras e manchas que servem para camuflagem. As antas são herbívoras e desempenham um papel fundamental da dispersão de sementes na natureza.

Atualmente a espécie é considerada como “vulnerável” pela Lista Nacional das Espécies Ameaçadas de extinção e “em perigo” no bioma da Mata Atlântica.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *