O investidor interessado no mercado de renda variável precisa ter em mente que o setor apresenta uma série de possibilidades, sendo a mais popular o mercado de ações. Nesse segmento existe uma variedade de aplicações que podem ser feitas, seja no curto, no médio ou no longo prazo.
Embora para a grande maioria das pessoas o segredo do sucesso na Bolsa pareça estar nas grandes empresas, a lógica da valorização mostra que trabalhar com companhias pequenas que tenham elevado potencial de crescimento representa uma das estratégias mais interessantes existentes. É nesse contexto que o conceito de small caps precisa ser analisado.
Small caps: o que são e como funcionam
Conhecidas como ações de terceira linha, as small caps dizem respeito a empresas listadas na Bolsa que apresentam menor valor de mercado, quando comparadas com grandes organizações, como a Petrobras, por exemplo. Possuir menor valor de mercado não faz delas menos importantes, dependendo da estratégia adotada pelo investidor.
O desempenho desses ativos é acompanho por índices específicos, como o índice Small Cap (SMLL), composto por ações e units apenas de ações de terceira linha. Esses indicadores funcionam como referências para o investidor focado em empresas dessa natureza. Eles permitem a análise do comportamento geral delas no mercado e facilitam sua movimentação em relação a escolhas futuras.
O que diferencia empresas grandes de pequenas na Bolsa
Uma small cap não é necessariamente uma ação de uma empresa pequena. A Gol Linhas Aéreas é um exemplo de grande empreendimento que figura na Bolsa de Valores como possuidora de ativos de terceira linha. Isso ocorre porque dentro do ambiente da bolsa, as empresas listadas são divididas de acordo com um critério comparativo de valor de mercado ou, como é mais comum nesse segmento, em função da chamada capitalização.
Tecnicamente, small caps são ações empresariais de companhias que apresentam baixa capitalização, tomando como referência as demais companhias presentes na Bolsa. Assim, podemos dizer que na Bolsa as empresas são divididas entre as big caps e as small caps, ou em português, as de grande e de pequena capitalização, respectivamente. Também é possível que ações sejam small caps por não oferecerem a mesma liquidez de outras empresas, apresentando um volume menor no mercado.
Outros exemplos de small caps
Dentro de índices como o SMLL, é possível encontrar ativos de empresas protagonistas em seu setor como a CVC e a Gerdau. A Genial Investimentos, por exemplo, trabalha com uma carteira recomendada de ações, a Small Caps 8+, em que são listadas companhias como a Camil, a Tenda e a Ferbasa, dentro de uma lógica que compõe o conjunto de empresas com valor de mercado estimado entre R$ 1,5 bilhões e R$ 8 bilhões.
Essa é uma carteira constantemente atualizada, que permite ao investidor conferir quais são os ativos com maior potencial de retorno dentro desse segmento para gerar resultados sob uma determinada estratégia.
Vantagens de investir em small caps
Em boa parte, small caps são ativos de empresas ainda não consolidadas no mercado, por isso representam uma oportunidade interessante de valorização para o investidor. Com preços baixos na compra e um cenário promissor para o futuro, o retorno tende a ser mais facilmente vislumbrado.
É a perspectiva de crescimento que faz com que sejam atrativas, mas também existem outros fatores, como o fato de essas empresas não serem tão vulneráveis ao mercado internacional como as grandes companhias, muitas vezes mais dependentes do câmbio nas suas operações.
No geral, se as small caps não têm o mesmo volume de negociações das big caps, por outro lado elas podem fazer disso o seu diferencial, tanto no potencial de valorização quanto na menor exposição ao risco.
Desvantagens de investir em small caps
Apesar de serem opções interessantes, as small caps também precisam ser analisadas de acordo com a realidade de cada investidor e dos riscos que está disposto a correr. Uma empresa menor não conta com tanta proteção ao risco quanto as possuidoras de big caps.
Além disso, companhias menores não apresentam tanta informação para o investidor, exigindo um maior esforço na busca por proteção. Por fim, são ações com menos liquidez na bolsa, de modo que as oscilações de preço, quando mais bruscas, podem tornar mais difícil a venda da participação no negócio dentro do mercado de ações.