Oito cachorros e duas galinhas, vítimas de maus-tratos no bairro do Tinga, em Caraguatatuba, foram resgatados na tarde desta quarta-feira (9) pela Polícia Ambiental.
A equipe havia recebido uma denúncia anônima de que três irmãos, todos adultos, estavam mantendo os bichos confinados em condições insalubres.
Os policiais ambientais foram recebidos pelo proprietário da residência que permitiu a entrada para fiscalização; se tratava de uma cadela e sete cachorros sem alimentação e sem água, em local sujo de fezes e lixo, bem como muito pequeno.
Técnicos do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmaram que apesar dos animais não estarem debilitados, o local repleto de fezes e lixo, bem como a maneira como estavam vivendo, caracterizava os maus tratos.
Questionado, o jovem de 22 anos informou para os policiais que morava com mais dois irmãos, um de 25 e outro de 26 anos, que os animais eram deles também. Os três foram para a delegacia.
O delegado solicitou uma equipe de perícia no local e a Ambiental elaborou Auto de Infração Ambiental pelo crime praticado com base no artigo 29 da resolução da Secretaria do Meio Ambiente 48/14 que trata de “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. Os três irmãos foram multados em R$ 54 mil.
“ Entende-se por abuso e maus-tratos, animais mantidos em recintos impróprios, debilitados por falta de alimento ou de acompanhamento de profissional habilitado, manter animais em local desprovido de asseio ou que lhes impeça a movimentação, o descanso ou os privem de ar e luminosidade”, informou a Ambiental.
Segunda chance aos cachorros
A ONG SOS Pet, foi solicitada e compareceu ao local comovendo-se com a situação dos animais, tornou-se fiel depositária de cinco cães (uma fêmea e cinco machos).Os outros cachorros e as galinhas foram recolhidos pela Zoonoses, que está superlotada.
“Os animais que acolhemos foram encaminhados para a clínica, onde foram diagnosticados com a doença do carrapato, vermes e muitas pulgas. Foram medicados e agora estão em um espaço amplo, com comida e água fresca à vontade”, comemora Elisa Pellegrini, da SOS Pet.