O Hospital Regional do Litoral Norte (HR), localizado em Caraguatatuba, está realizando demissão em massa de funcionários. A denúncia chegou ao Nova Imprensa por meio de trabalhadores e familiares do local. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo negou.
O pai de um dos demitidos, em desespero, fez um apelo para que algo fosse feito, já que “o governo não repassa verba e com isso o hospital não tem como pagar seus funcionários”. Ele informou, ainda, que cargos de chefia foram quase todos desligados, assim como Recursos Humanos, enfermeiros, seguranças, responsáveis pela limpeza e até de profissionais clínicos.
“A equipe da cozinha foi dispensada e até dezembro será servido marmitex no hospital, depois não se sabe como será”, lamenta.
O HR foi aberto parcialmente em 30 de março deste ano, depois de um atraso de aproximadamente dois anos, apenas para atendimentos de casos de Covid-19, funcionando com 20 leitos de UTI e 10 de enfermaria. Atualmente, o local conta com 198 colaboradores e 146 terceirizados e prestadores de serviço.
A cidade precisa do Hospital Regional, diz prefeitura
Segundo o prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Junior, hoje existe uma clara e real necessidade de abertura de mais leitos para atender todas as cidades do Litoral Norte.
“Temos recebido relatos diários de demissões de funcionários nas mais variadas áreas, sendo que o ideal seria o contrário, ou seja, admissão de mais funcionários. Existe uma preocupação se formos atingidos por uma segunda onda da doença”, escreveu em ofício encaminhado ao governador de São Paulo, João Dória, e à direção da Organização Social Instituto Sócrates Guanaes, administradora da unidade hospitalar.
Ele reforçou, ainda, que o Hospital Regional ainda não iniciou as atividades para aquilo que foi realmente projeto. “O projeto inicial era para 220 leitos nas mais diversas áreas e ainda abrigar os serviços para tratamento de Oncologia”.
A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não procede a informação de que uma demissão em massa estaria ocorrendo.
“Além disto, o Hospital Regional Litoral Norte ressalta que é inverídica a informação de que a alimentação dos colaboradores teria sido cortada. O contrato com a empresa responsável por fornecer alimentação aos colaboradores está vigente e sem alteração alguma”.