Correios entram em greve e atendimento é mantido de forma reduzida

Os trabalhadores dos Correios entraram em greve nesta terça-feira (18), mas o atendimento nas agências foi mantido de forma reduzida. As informações são de que em São Sebastião, 90% do funcionários estão parados, em Caraguatatuba 60%, em Ubatuba 50%. Em Ilhabela não há paralisação.

Segundo o presidente do Sindicato dos Correios do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, Moises da Silva Lima, a greve é para garantir o acordo coletivo de 2019 e para reivindicar melhores condições de saúde no trabalho. A empresa soma cerca de 100 trabalhadores mortos, contaminados pela Covid-19.

Entre os direitos retirados estão o plano de saúde e o vale-alimentação, que diminuiu 300 reais. Os dirigentes sindicais denunciaram ainda que a direção dos Correios se recusou a dialogar. Na opinião dos trabalhadores, o objetivo da atual gestão é privatizar a empresa.

Greve

“Iniciamos a greve nacional porque não temos outra alternativa. Vinhamos de uma sentença normativa que foi proferida no Tribunal Superior do Trabalho em 2019, onde ficou acordado um reajuste bianual de salário, então teríamos que fazer uma nova campanha salarial somente em 2021. A empresa recorreu e derrubou este acordo, voltando a ser anual. O final deste prazo foi no dia 31 de julho de 2000. A partir do dia primeiro de agosto, a empresa começou a retirar todos os direitos dos trabalhadores que estava assegurado somente pelo acordo coletivo de trabalho”, explica Lima.

No dia 14 de julho, foi tentado um acordo, tanto com a empresa, como através da Justiça, segundo o representante da categoria, “para evitar a greve neste momento de pandemia e dificuldade que está passando o país”. Porém, não houve acordo e o Ministro Dias Toffoli foi favorável a empresa.

A empresa na greve

Segundo os Correios, 83% de todo o efetivo no Brasil opera normalmente. Além disso, a companhia já colocou em prática ‘Plano de Continuidade de Negócios’ para minimizar os impactos à população, que inclui o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões.

Os Correios também destacaram que sua rede de atendimento estão abertas, bem como as postagens e entregas de encomendas PAC e Sedex.

Quanto aos direitos trabalhistas revogados, a estatal explicou que “nenhum direito foi retirado, apenas foram adequados os benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado.”.

 

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