A história do negro, seus costumes e herança em Caraguatatuba devem ser incluídos no Circuito Turístico Rota da Liberdade a partir de fevereiro de 2020. O projeto foi apresentado nesta semana junto à Secretaria de Turismo e já em janeiro o roteiro deve ser elaborado pelos órgãos ligados ao turismo e cultura da Prefeitura de Caraguatatuba e entidades de classe.
O objetivo é promover opções de passeios para mostrar a influência da cultura africana no Estado de São Paulo. “É o dever de Memória da Diáspora Africana no Brasil – nome que se dá ao fenômeno sociocultural e histórico que ocorreu em países além do continente africano devido à imigração forçada, por fins escravagistas mercantis que penduraram da Idade Moderna ao final do século XIX”, resume Solange Cristina Virginio Barbosa, criadora e CEO da Rota da Liberdade que esteve com o secretário de Turismo Rodrigo Tavano.
A Rota foi lançada em 2006 pela Secretaria de Estado do Turismo. Em 2009 ganhou o prêmio da National Geographic/Changemakers da Ashoka como um dos 10 Melhores Projetos de Geoturismo do Mundo. O Geoturismo é o turismo que mantém ou aprimora a geografia de um lugar. O destino brasileiro foi eleito entre 611 candidatos de 81 países.
Atualmente, a Rota da Liberdade é desenvolvida em 20 cidades da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte. Na região, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabelas já estão inseridas.
Para Caraguatatuba, Rodrigo Tavano explica que a ideia e formatar roteiros como turismo cultural, liberdade religiosa e encontro caipira, tendo como referência a Festa de Iemanjá, manifestações culturais com grupos de Moçambique, capoeira, Samba de Roda, Dia da Consciência Negra, entre outros.
“Esse é um roteiro muito importante para a participação de Caraguatatuba porque é levado para todas as feiras nacionais e internacionais, dando oportunidade para os turistas conheceram a nossa cidade”, disse o secretário Tavano.
Solange Barbosa reforçou que fazer parte da Rota significa estar nas melhores prateleiras de Turismo no Brasil e fora dele, sendo ele o primeiro projeto de turismo chancelado pela Unesco através de seu programa mundial rota do escravo. “Os roteiros ainda servem para o desenvolvimento turístico das comunidades tradicionais, gerando trabalho e renda para elas”.