HISTÓRIA – Ruínas do passado, patrimônios de nosso presente

História – O cotidiano oferece diversos recursos para (re)conhecermos nosso passado: relatos, documentos, artefatos, monumentos. Contudo, o ritmo de vida atual, permeado pela quantidade de informação e velocidade de transformação de cenários, hábitos e demais características culturais, põe em risco a preservação de nossa memória.

As oportunidades de entender o modo de vida daqueles que nos antecederam, ou a sociedade que habitou determinado local que visitamos ou escolhemos como novo destino para viver, apresentam-se, muitas vezes, em tênues e adversas condições de preservação e disponibilização.

Neste contexto, a Arqueologia apresenta-se como rico manancial de informações sobre culturas passadas.  Os artefatos em pedra e os ossos dispostos de uma refeição sorvida há centenas, milhares de anos. O pote cerâmico indígena, os restos das casas coloniais, a fumaça impregnada do fogão, o chão gasto, pedaços de louças, outrora guardadas de forma zelosa. O pito do escravo, o broche da doçura feminina, a pederneira da rudez do homem colonial, todos exemplos que, ao serem interpretados e ambientados, nos oferecem subsídios para a compreensão do passado.

A história do Litoral Norte

Nosso litoral paulista é considerado por alguns autores como a célula mater da identidade nacional, ao congregar o início da convivência entre o nativo indígena, o invasor europeu e os advindos de África.

Assim, nosso recortado território ainda apresenta, em diversos locais, testemunhos destas ocupações. Assentamentos milenares presentes nos sambaquis; fragmentos cerâmicos das ocupações tupis que povoaram toda nossa costa; ruínas das edificações em pedra e cal dos engenhos, armações, fortes e fazendas cafeeiras; locais de memória afrobrasileira, presentes nos quilombos atuais e nos refúgios de resistência de outrora; sítios arqueológicos industriais, como a Fazenda dos Ingleses em Caraguatatuba e a ferrovia inacabada de Ubatuba.

Tais patrimônios contam nossa história merecem e devem ser preservados e, aliados às belezas naturais de nossa região, podem ser importantes recursos de nossa sociedade, aos serem suportes de ações de ordem pedagógica, artística e cultural e econômica, fatores de desenvolvimento individual e coletivo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *