Ilhabela tem suspeita de sarampo em criança de 2 anos

Uma menina de 2 anos está com suspeita de sarampo em Ilhabela. O caso aconteceu na escola Nilce Signorine, no bairro Portinho, onde as crianças receberam doses extras da vacina para bloquear o vírus. Os exames da paciente foram enviados para confirmação em laboratório.

A equipe da secretaria de Saúde esteve na unidade escolar na manhã de quinta-feira (18) para verificar a carteirinha de vacinação das crianças e aplicar doses atrasadas e reforços. A redação do jornal Nova Imprensa entrou em contato com a Prefeitura de Ilhabela, mas não obtivemos resposta sobre o caso.

O bloqueio vacinal integra o protocolo de atendimento em casos de suspeita de sarampo, mas segundo especialistas não deve ser feito indiscriminadamente, apenas nas pessoas que não estão com sua vacinação em dia ou que não tenham carteirinha para comprovar.

A doença era considerada erradicada no Brasil desde 2016, mas segundo o Ministério da Saúde, o País volta a enfrentar surtos de sarampo em alguns estados como Amazonas, Roraima e São Paulo. A secretaria estadual de Saúde confirmou 384 casos de sarampo de janeiro a 15 de julho deste ano.

Litoral Norte

Com a volta da circulação do vírus no Brasil, as cidades do Litoral Norte estão se mobilizando para reforçar medidas de prevenção, com destaque para a vacinação da tríplice viral para crianças e adultos (que também protege contra rubéola e caxumba).

A Vigilância em Saúde de Ubatuba realizou reunião com os enfermeiros da Atenção Básica na última quarta-feira (17) para reforçar as orientações sobre o manejo clínico do sarampo. Além disso, a entidade alerta a população para faz que busque uma unidade de saúde e verifique se crianças e adultos da família estão com a vacina atualizada. “Há muitos casos confirmados da doença em cidades do Vale do Paraíba e o vírus pode chegar a Ubatuba devido ao aumento de turistas que vêm ao município passar férias”, alerta a chefe de Seção de Vigilância Epidemiológica, enfermeira Elisabete Cabral Borges de Matos.

Na terça-feira (16), o bloqueio vacinal contra o sarampo foi feito em diferentes locais da região do Itaguá frequentados no fim de semana dos dias 13 e 14 de julho por uma criança de Caçapava que está com suspeita de sarampo e passou por Ubatuba em viagem de férias. No início de junho, bloqueio similar foi realizado em pontos da região Central por onde passou uma moradora de Paraty (RJ) com suspeita de sarampo.

Em São Sebastião a cobertura vacinal do Sarampo no ano de 2018 foi de 98% e a prefeitura informou que é necessário manter os altos índices de cobertura vacinal com objetivo de conter o avanço da epidemia.

A doença

O sarampo é uma doença viral, infecciosa e transmissível, de notificação compulsória que o país tem como compromisso internacional de erradicar e eliminar. A transmissão pode ocorrer de forma direta, por meio de tosse, espirro, falar ou respirar e pode ser evitada por meio da vacinação. O vírus provoca manchas vermelhas no corpo, febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e pontos brancos na mucosa bucal.

Em caso de complicações graves, a doença pode causar cegueira, encefalite (infecção acompanhada de edema cerebral), diarreia grave (que pode provocar desidratação), infecções no ouvido ou infecções respiratórias graves, como pneumonia.

Gestantes, bebês menores de seis meses de idade e pessoas com comprometimento do estado imunológico têm restrições à devem consultar um médico antes de tomar a vacina.

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