A Polícia Militar Ambiental descobriu uma casa utilizada para promover “rinhas de galos” em Ilhabela. A equipe chegou ao local, na Barra Velha, após denúncia anônima sobre maus tratos. O responsável pelo crime, conhecido como Cabelo, acabou multado em R$ 132 mil e os animais foram sacrificados.
O suspeito, identificado como C.P.B., mantinha 22 galos índios em pequenas gaiolas individuais. Os animais apresentavam sérios ferimentos e comportamento agressivo. Eles foram submetidos ao processo de eutanásia, conforme orientação da equipe veterinária.
A Polícia Ambiental explica que os animais foram treinados para brigar e por isso não podem ser mantidos em cativeiro. Além disso, eles recebiam anabolizantes, o que inviabiliza a carne para consumo e por isso, também não podem ser doados. “A opção encontrada foi o sacrifício indolor. O processo foi acompanhado por veterinários, polícia e ONG”.
A equipe da polícia chegou a residência em posse de mandado de busca e além dos animais em situação de maus tratos, também localizou vários medicamentos para cicatrização, anabolizantes e antibióticos, que eram aplicados supostamente sem acompanhamento veterinário e sem receituário. Ainda segundo a PM, o crime ficou comprovado pela presença de equipamentos, como “biqueira, bucha e fixador de bucha”, que o suspeito ainda tentou esconder.
A investigação da Ambiental no celular da vítima indicou ainda indícios de que ele realizava filmagens para divulgação dos eventos.
Diante dos fatos, foi elaborado o auto de infração ambiental com base no artigo 29 da resolução SMA 48/14, com aplicação de multa no valor de R$ 66 mil. O valor foi dobrado devido a necessidade de matar dos animais.
O suspeito e as provas apreendidas foram encaminhados ao distrito policial de Ilhabela, onde a ocorrência foi apresentada e o Boletim de Ocorrência foi lavrado pelo delegado de plantão.