Um atobá-pardo foi solto na praia do Perequê-açu, em Ubatuba, após 25 dias de reabilitação, nesta terça-feira (2). Com fama de pescadora nata, a provável causa do ferimento da ave é um mergulho mal sucedido ao tentar se alimentar, o que teria deslocado a asa com o choque na água. O paciente passou por diversos exames, inclusive uma radiografia que descartou a possibilidade de luxação
“O animal reagiu bem ao tratamento e o que era para ser um treino de voo se tornou em uma soltura definitiva. O atobá voou perfeitamente em direção a alto mar”, afirmou o veterinário que cuidou da ave.
Ela havia sido resgatada no dia 8 de março, na Praia do Romance, em Caraguatatuba, durante a operação de monitoramento de praia. Após estabilizado na base do Instituto Argonauta em São Sebastião, foi transferido no último dia 12 de março para o Centro de Reabilitação e Despetrolização (CReD) do Instituto Argonauta, em Ubatuba, onde foi dado continuidade ao tratamento.
Essa espécie é encontrada em toda a costa brasileira, chegando até a Argentina. Também é encontrado em algumas regiões do oceano Pacífico e no Litoral Norte se reproduz em abundância no arquipélago de Alcatrazes. O atobá-pardo tem entre 65 a 75 centímetros e pesa de 725g a 1,5 kg. É conhecido também como alcatraz-pardo, mergulhão ou mambembo. A plumagem característica é de cor café, barriga branca e garganta nua.
Segundo o presidente do Instituto, o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, a reintrodução dos animais na natureza é a parte mais gratificante do trabalho. “A recuperação e a soltura de um animal sempre deixa a equipe com a sensação de dever cumprido”.
Ele recomenda ainda que ao encontrar um animal marinho debilitado, o ideal é não se aproximar, pois, dependendo da espécie, pode se tornar agressivo caso se sinta ameaçado. As denúncias podem ser feitas pelos números: 0800 642 3341 ou 12 99705.6506 (whatsapp).