Uma equipe da secretaria de Saúde de Ilhabela visitou a escola Nilce Signorine, no bairro do Portinho, nesta quarta-feira (27), para esclarecer os casos de meningite viral registrados no município. Uma das vítimas, um menino de 2 anos, é estudante do local. Os profissionais afirmaram que a doença não é grave e que a prevenção é similar ao combate da gripe.
A enfermeira Maristela Turato e o médico Alberto Orro explicaram que a patologia se trata de uma variação do vírus da gripe que se instala no sistema nervoso (medula e cervical), mas diferente da meningite bacteriana não causa sequelas. O que difere a doença do vírus da gripe são os sintomas acentuados e persistentes, febre alta, vômito e cansaço. Eles informaram ainda que as crianças estão internadas para observação no setor de pediatria do hospital municipal e não correm risco.
A equipe tranquilizou os pais e pediu cuidados básicos, especialmente com a higiene, como lavar as mãos, evitar contato com fezes e manter o ambiente limpo e arejado. Não existe remédio ou vacina para o vírus e o tratamento é baseado em descanso e hidratação.
Meningite bacteriana
O arquipélago enfrentou um surto de meningite bacteriana em 2010. Neste caso a doença é grave. Várias crianças infectadas precisaram ser ser transferidas para tratamento em Unidades de Terapia Internsiva (UTI) de cidades vizinhas na época.
O tratamento da doença é feito com injeções de antibióticos e a internação pode passar de 30 dias. Se não tratada adequadamente, a meningite bacteriana pode causar sequelas, como surdez, paralisia, alterações cerebrais e eplepsia, especialmente em crianças e idosos. Nenhuma das vítimas do surto de 2010 teve sequelas.