Vereador faz denúncia ao receber fotos da área de transbordo
Peças foram levadas para transbordo da Ecopav (Fotos: Divulgação) |
Vários sacos de peças de roupas e sapatos doados ao Fundo Social de Solidariedade de São Sebastião foram parar lixo após terem sido molhadas no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da Topolândia, na região central. O material teria sido arrecadado pela população no começo do ano quando o município sofreu uma forte chuva que alagou vários bairros.
A situação causou revolta e foi à tona após denúncia feita pelo vereador Professor Gleivison Gaspar.
“Recebi as fotos no meu gabinete e fui até a Ecopav – empresa responsável pela coleta de lixo na cidade – para me certificar e fiquei horrorizado com o que vi”, contou o parlamentar. Indignado, ele foi para a frente do Cras onde fez a denúncia.
Segundo ele, a informação que recebeu foi que estourou a caixa d´água e por conta disso as peças ficaram encharcadas. “O que me deixa indignado é saber que essas peças foram doadas lá em fevereiro e até agora não haviam sido repassadas para a população carente, que precisa. Se estava aqui sem finalidade porque não foi para as comunidades onde há pessoas que passam necessidade?”.
Essa revolta também foi demonstrada pela população. Belenice Aparecida Trazzi se pergunta como vai confiar em doar novamente quando houver necessidade. Isabela Sousa também indaga o motivo dessas roupas ainda estarem paradas. Já Bárbaro Melo pergunta porque não doaram para os moradores de rua, que são os que mais precisam.
“Peço que as pessoas não percam o espírito da doação. Não é por causa de gente incompetente, que não tem noção do que é estar privado de uma roupa, de um colchão, um sapato, que vamos perder isso. Não dá pra entender tamanha má vontade com doação, jogar para o lixo o que deveria ir para a população”, conclui Gleivison Gaspar.
A Prefeitura de São Sebastião informou que em nenhum momento houve o descarte de roupas que estariam aptas para a utilização da população. “O material descartado passou por um criterioso processo de triagem e foi identificado que as mesmas não estavam em boas condições de uso já que as peças estavam mofadas, rasgadas ou com sangue”.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o presidente interino do Fundo Social de Solidariedade de São Sebastião, Luiz Carlos Cardim, rebateu as acusações e as classificou como ‘mentirosas’.
“Foi feito um ofício para a Ecopav e triagem das roupas a serem descartas. Claro, funcionária pode ter errado sim, descartando roupa boa, mas quem é que não erra?