As cidades de Ilhabela e São Sebastião aderiram aos movimentos nacionais de protestos contra as reformas da previdência e do trabalho, propostas pelo governo Michel Temer (PMDB). Nesta quarta-feira (15/3), Dia do Caiçara, grupos se uniram para caminhadas, com faixas e paralisações no Centro de São Sebastião e na balsa.
Na cidade de São Sebastião mais de 100 pessoas, entre servidores públicos, portuários, petroleiros, professores, estudantes e moradores, se concentraram em frente ao Porto e partiram para uma caminhada pelas ruas, no começo da manhã. Os trabalhadores do setor portuário também aderiram a greve nacional e paralisaram as atividades durante o dia. Os manifestantes caminharam com faixas e fizeram um “apitaço” reivindicando a manutenção dos direitos. A terceirização do trabalho também foi pauta dos protestos.
O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) foi ocupado por aproximadamente uma hora e foi instalada uma plenária que apontou a necessidade da criação de um Comitê Contra a Reforma da Previdência na região. Segundo os trabalhadores, o grupo teria frente única com todas as instituições e movimentos sociais contrários ao desmonte da previdência.
No arquipélago, professores, estudantes e moradores também se uniram, na tarde de quarta, para protestar contra as mudanças na lei previdenciária. A partir das 17h, os trabalhadores realizaram um ato com panfletagem, próximo ao atracadouro da balsa.
Ainda em Ilhabela, está prevista uma manifestação da União Municipal dos Estudantes de Ilhabela (Umei), na quinta-feira (16/3), às 17h, no mesmo local, contra as condições de travessia. Os alunos reclamam do serviço precário prestado pelo Dersa e dos impactos para aqueles que precisam do transporte para estudar em outras cidades da região.
Cenário Nacional
Até o início da tarde desta quarta, foram contabilizados cerca de 55 mil pessoas e 30 entidades sindicais em protestos e ações nos estados de São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pará, Bahia, Rondônia, Pernambuco e Distrito Federal. Os manifestantes defendem a rejeição à PEC 287/2016, além de um maior debate no Congresso sobre o PL 6787/2016, que trata da reforma trabalhista. Os dados são da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).