Golfinho-cabeça-de-melão é resgatado na praia de Juquehy

O animal pode ter sido vítima de redes de pesca e está em reabilitação

O golfinho foi resgatado nesta quinta-feira em São Sebastião (Foto: Divulgação)



Um golfinho-cabeça-de-melão (Peponocephala Electra) foi resgatado na praia de Juquehy, na Costa Sul de São Sebastião, nesta quinta-feira (12). O animal tem aproximadamente 1,60 metro e pode ter sido vítima de redes de pesca. Encontrado por banhistas encalhado na areia, o golfinho teve que ser levado para o Centro de Reabilitação do Instituto Argonauta, em Ubatuba, para a realização de exames e assim ter um diagnóstico com relação ao caso.


“Nossa equipe tentou introduzi-lo de volta ao mar, mas ele não conseguia nadar e voltava”, afirmou a bióloga Carla Beatriz Barbosa, que coordena o programa de monitoramento nas praias da região. A ação de resgate também contou com o apoio do Instituto Florestal. 


O animal é um mamífero cetáceo – da família dos delfinídeos – e vive em águas tropicais e subtropicais de todo o mundo. Segundo Carla, a espécie é uma fêmea jovem e apresentava marcas de rede de pesca em seu corpo. Entretanto, de acordo com ela, não é possível afirmar se a causa do encalhe tenha sido por esse fato.


Moradores contam que o animal surgiu na praia ao entardecer desta quarta-feira (11) e acabou encalhando porque demonstrava muito cansaço. Algumas pessoas até tentaram fazer com que ele voltasse para a água, porém, sem sucesso.


Na manhã desta quinta-feira (12), a moradora e bióloga Carla dos Santos Rosário, 33, mas que atualmente reside em Itajaí (SC), esteve onde o golfinho encalhou e realizou os primeiros procedimentos de resgate para ajudar a salvá-lo.


Ela conta que fez um buraco na areia da praia com a ajuda da comunidade para que o animal pudesse descansar, já que parecia bem debilitado, até que o resgate chegasse em Juquehy. Após colocar a espécie no local, os populares se revezaram e jogaram água sobre o golfinho para deixa-lo sempre molhado. “Tivemos todo cuidado para não deixar cair no orifício respiratório”, lembra.


Todo o procedimento ocorreu com a orientação (via telefone) do oceanógrafo e biólogo marinho André Silva Barreto, que ministra aula na Universidade do Vale do Itajaí e também é especialista em mamíferos aquáticos. “O animal estava com escoriações bem profundas na nadadeira dorsal, além de ferimentos na boca”, conta a moradora.

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