Baseado em protocolo mundial, método prioriza atendimento conforme a gravidade do caso e não por ordem de chegada
(Imagem: Divulgação) |
O Hospital Municipal Governador Mário Covas, de Ilhabela, implantou o novo sistema de atendimento. Trata-se do Acolhimento com Classificação de Risco, preconizado na Política Nacional de Humanização e que é baseado no Protocolo de Manchester (Inglaterra), instituído mundialmente na década de 90.
Basicamente, o que muda é que o atendimento deixa de ser por ordem de chegada e passa a ser realizado conforme a gravidade do caso do paciente. A avaliação do paciente que chega ao hospital é feita por enfermeiros em sala específica criada para o acolhimento. Conforme explicou o médico Giovanni Di Sarno, do Centro de Estudos Augusto Leopoldo Aerosa Galvão (Cealag), da Faculdade Medicina de São Paulo, após a avaliação inicial dos sinais e sintomas é feita a classificação.
O paciente é identificado por cores em sua ficha e recebe um selo ou pulseira.
A classificação é feita da seguinte maneira: vermelha (Emergência – paciente com atendimento imediato); laranja (Muito Urgente – paciente necessita atendimento o mais prontamente possível); amarela (Urgente – não é considerada emergência, já que possui condições clínicas para aguardar); verde (Pouco Urgente – é o caso menos grave, que exige atendimento médico, mas pode ser assistido no consultório médico ambulatorialmente); e azul (Não Urgente – é o caso de menor complexidade e sem problemas recentes, no qual o paciente deve ser acompanhado no consultório médico).
“Foi identificado um infarto agudo do miocárdio em seu início e pudemos rapidamente medica-lo”, citou Di Sarno. Ele ajudou a instituir no Hospital Mário Covas o programa Humanização e Qualidade.
De acordo com levantamento do próprio hospital, 80% dos casos são ambulatoriais e apenas 20% de emergência. “O Ministério da Saúde preconiza o método de Acolhimento por Classificação de Risco. É importante deixar claro que todos que chegarem ao hospital serão atendidos, a única diferença que de acordo com a gravidade”, destacou o diretor clínico do Hospital Mário Covas, Dr. Luiz Fernando Minamihara.