A 2ª Parada LGBTQIAPN+ de Caraguatatuba, com o tema ‘As cores da resistência’, acontece neste domingo (16), com concentração no teatro Mário Covas, a partir das 9h.
O evento promete ir além da celebração, consolidando-se como um poderoso ato político e afetivo e um chamado urgente por dignidade e respeito. A organização do evento define o movimento como a expressão viva das cores da resistência, onde existir significa não precisar pedir desculpas por ser quem se é.
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Em entrevista, o porta-voz do evento, Anderson Gueiros, detalhou a importância do evento no contexto atual da cidade e do país, focando em temas como direitos humanos, segurança e a força da arte e da comunidade.
“A Parada não é só para quem é LGBTQIAPN+, é para quem acredita em respeito, liberdade e humanidade. Venha celebrar as cores da resistência com a gente”, convida.
O significado de resistir: Viver com dignidade
Questionado sobre o tema central da edição, ‘As cores da resistência’, Gueiros foi direto. “A gente está falando sobre viver com dignidade. Resistir, hoje, no Brasil, é existir sem pedir desculpas por ser quem somos. É poder amar, circular, trabalhar, estudar, viver sem medo”.
Para a comunidade, a resistência é tecida na solidariedade: “Resistir é cuidar uns dos outros, é não deixar ninguém sozinho, é fortalecer nossa rede. Pra gente, é garantir que nossas vidas tenham espaço e respeito”.
O movimento entende que Caraguatatuba está em um processo de mudança. “A gente encontra pessoas, coletivos e profissionais com olhar acolhedor, mas também existem barreiras, preconceitos e situações de violência”, afirma o porta-voz.
A Parada surge como um catalisador dessa transformação. “É um movimento que mostra que Caraguatatuba pode, sim, ser uma cidade mais aberta e humana”. O ato de ocupar as ruas é um manifesto visível: “Quando a gente ocupa as ruas, a gente está dizendo: ‘nós existimos e não vamos voltar pro armário’”, pontua.
Segurança, saúde e informação
A organização reforça o caráter multifacetado do evento, que será também um espaço de serviço e acolhimento. Serão oferecidas orientações sobre saúde mental, prevenção combinada ao HIV e ISTs, direitos e serviços públicos.
Anderson destaca ainda o acolhimento comunitário. “Teremos depoimentos de pessoas da comunidade”, que são considerados fundamentais por mostrar que ninguém está sozinho.
Quanto à segurança, a expectativa é de um público maior que a primeira edição e foi planejada com antecedência. “Trabalhamos junto com a Guarda Municipal, Polícia Militar, equipe de saúde e brigadistas. A segurança é prioridade, queremos garantir uma experiência tranquila e respeitosa”. destacou.
A Parada destaca o papel central da cultura na construção de consciência. “A arte é uma forma de dizer o que às vezes a palavra não alcança. A drag, a dança, o teatro, a música… tudo isso mexe com o coração das pessoas. A arte cria empatia”, defendeu Gueiros.
Outro destaque é a presença das Mães pela Diversidade, que “representam o amor que salva vidas”. “Sua participação simbólica é um reforço. Elas mostram, com a presença e o afeto, que amar um filho nunca será um erro. São símbolo de proteção, de cuidado e de um futuro mais amoroso”, explicou o organizador.
A Parada não é só um dia
A mensagem mais urgente do movimento é clara: “Respeito é o mínimo. Trata-se de uma questão de direitos humanos, de vidas que precisam ser protegidas e reconhecidas”, enfatizou o organizador.
Logo, o legado que se busca é a continuidade. “A Parada não é um dia só, ela é um movimento. Queremos fortalecer ações de acolhimento, rodas de conversa, arte, educação e apoio psicológico ao longo do ano. A Parada é o começo, não o fim” , finaliza o organizador.
Saiba a programação completa no Instagram, aqui
Serviço: 2ª Parada LGBTQIAPN+ de Caraguatatuba
Data: 16 de novembro de 2025, a partir das 9h
Concentração: Teatro Mario Covas
Percurso: Trio elétrico até a Praça da Cultura no Centro
Programação: Apresentações artísticas, palestras, depoimentos, cultura, saúde e informação.