Até agora, apenas 27% dos pinguins avistados no Litoral Norte foram resgatados vivos

Até agora, na temporada outono-inverno de 2024, apenas 27% dos pinguins avistados no Litoral Norte foram resgatados vivos. Segundo dados do Instituto Argonauta, responsável pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos, dos 166 pinguins-de-Magalhães avistados na região, apenas 45 foram resgatados vivos.

Esses animais foram encaminhados para o Centro de Reabilitação e Despetrolização do Instituto em Ubatuba e para a Unidade de Estabilização em São Sebastião, onde recebem cuidados especializados para sua sobrevivência. Nove deles permanecem na reabilitação.

O processo de chegada desses pinguins, que geralmente são jovens e na sua primeira migração, nem sempre é tranquilo. Muitos chegam debilitados, exaustos, desnutridos e com doenças adquiridas ao longo da viagem.

O diretor do Aquário de Ubatuba e presidente do Instituto Argonauta, o oceanólogo Hugo Gallo Neto, aponta que a primeira migração desses pinguins é muitas vezes fatal devido aos desafios que enfrentam durante o percurso.

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Além das dificuldades naturais, os impactos causados pelo ser humano agravam ainda mais a situação. Mudanças climáticas, alteração na distribuição dos alimentos disponíveis na natureza, poluição marinha e a possibilidade de ingestão de lixo são fatores que contribuem para a alta mortalidade desses animais. A urbanização desenfreada também leva a uma interação maior entre humanos e pinguins, muitas vezes com consequências negativas para a vida selvagem.

O esforço contínuo das equipes de resgate e das instituições de reabilitação é fundamental para tentar reverter essas estatísticas alarmantes. Programas de conscientização e ações concretas são necessários para minimizar os impactos humanos negativos no meio ambiente e oferecer uma chance de sobrevivência maior para esses incríveis viajantes do mar.

Os pinguins-de-Magalhães

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O pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) é uma ave característica de águas temperadas. Vive nas águas dos oceanos Atlântico e Pacífico Sul, nas costas da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas.

Então, sob a influência das correntes frias (maio a outubro) chega à costa brasileira do Rio Grande do Sul ao Nordeste, sendo, principalmente os juvenis, imaturos. É uma ave marinha adaptada a vida na água, onde passa a maior parte do tempo. Desloca-se próximo à costa, com águas menos profundas e maior disponibilidade de alimento. Pode nadar a 36km/h para fugir de seus predadores.

Medindo entre 65 a 75 cm; e pesando de 4,5 a 6 kg. Além disso, os adultos apresentam uma coloração da plumagem, que os diferencia dos imaturos que não completaram um ano de vida ainda, com o dorso, parte do rosto e as asas pretas, e o ventre branco.

Atualmente, seu status de conservação é ‘Pouco Preocupante’, na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, porém vem sendo percebido um declínio populacional nos últimos anos.

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