Funcionários comissionados da Câmara de São Sebastião, demitidos ao final do ano passado, foram recontratados para o mesmo cargo que ocupavam. As rescisões geraram pagamentos de indenização de férias, com valores que chegaram a R$ 22 mil.
Na prática, é como se a Câmara tivesse ‘comprado’ as férias dos funcionários, o que caracteriza despesa imprópria quando não é devidamente justificada. A indenização é calculada com base nas férias vencidas e proporcionais do funcionário demitido.
Assessores
Doze assessores foram exonerados dia 31 de dezembro e recontratados cinco dias depois. É o caso de Sidnea Aguilar, chefe de gabinete do vereador Edivaldo Campos, o Teimoso. Ela recebeu R$ 22 mil de indenização e ficou menos de uma semana desempregada.
Da mesma forma ocorreu com assessores de Daniel Simões, Mauricio Bardusco, Giovani Pixoxó e Pedro Renato. Teve também uma funcionária, que atuava no gabinete de Gleivison Gaspar, e foi renomeada como assessora de André Pierobon.
No ano passado, o Tribunal de Contas identificou um esquema parecido na Câmara de São José dos Campos. Em razão disso, o Ministério Público pediu a reprovação das contas.
A reportagem questionou aos vereadores, nesta segunda-feira (15), o motivo de terem solicitado a nomeação dos mesmos assessores que foram exonerados a pedido deles. Mauricio e Pixoxó alegaram que pretendiam trocar todos, mas mudaram de ideia. Teimoso disse que estava ocupado e retornaria o contato mais tarde, o que não se confirmou. Daniel e Renato não responderam.