Mais de 350 Pinguins-de-Magalhães já foram registrados nas praias de São Sebastião em 2020. Destes, 289 já foram encontrados mortos. No inverno, os animais migram da Patagônia argentina para o norte em busca de alimentos em águas mais quentes e podem acabar pegando alguma correnteza e se perdendo pelo Litoral Norte.
Alguns dos pinguins podem estar cansados da viagem e procuram as praias e costeiras para descansar, por isso a orientação dos biólogos é não mexer no animal.
Além de aves, a região também é parte da rota de répteis e mamíferos, como lobos marinhos – já foram encontrados três nas praias sebastianenses.
Mais pinguins
O oceanógrafo Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta, informou que este ano foi regitrado um número maior de pinguins na região. “Esse ano no Litoral Norte estamos percebendo que há muitos pinguins chegando. Infelizmente, muitos deles não sobrevivem, uma vez que já chegam debilitados pela falta de alimento”, ressalta.
De acordo com a bióloga do instituto, Carla Beatriz Barbosa, esses pinguins permanecem na água durante a época não reprodutiva, entre os meses de abril e setembro. “É neste período que esses animais são encontrados, muitas vezes fracos, debilitados e necessitando de cuidados. Aqui na região, estes animais são encaminhados para a unidade de São Sebastião, para que depois de reabilitados sejam devolvidos à natureza”, explica.
Reabilitação
O Instituto Argonauta e a Prefeitura de São Sebastião implantaram uma base para os animais marinhos receberem cuidados. A Base de Estabilização de Animais Aquáticos fica no Balneário dos Trabalhadores e funciona como uma espécie de “Pronto-Socorro” para os animais resgatados na região, antes de serem enviados para cuidados mais intensos em Ubatuba, onde fica a sede do Argonauta.
As pessoas que encontrarem com um animal marinho, vivo ou morto, podem pedir auxílio pelos números: 0800 642 3341; Whatsapp (12) 99735-9167 e (12) 99705-6506.