O Tribunal do Júri de Caraguatatuba condenou Lucas Rodrigues da Silva a uma pena total que ultrapassa os 35 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, por matar o namorado de sua ex com extrema brutalidade e violência. Ele extirpou as partes íntimas da vítima, que morreu pela perda de sangue.
A decisão acolheu integralmente a tese do Ministério Público de São Paulo (MPSP), representado pelo promotor Renato Queiroz de Lima, que alegou motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A pena principal, de 32 anos e 11 meses em regime fechado, foi imposta pelo assassinato de João Marcos Pereira Alves. O réu foi ainda condenado a mais 2 anos e 9 meses em regime semiaberto por uma série de outros crimes, incluindo violação de domicílio, lesão corporal, furto, constrangimento ilegal e perseguição contra sua ex-companheira.
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O ataque feroz e a morte por hemorragia
O crime ocorreu na madrugada de 31 de outubro de 2022, no bairro Perequê-Mirim, região Sul da cidade. De acordo com a denúncia, Lucas invadiu a casa de sua ex-companheira, com quem mantivera um relacionamento abusivo, marcado por agressões e perseguição após o término.
A mulher foi imediatamente agredida com um soco no rosto. Em seguida, João Marcos Pereira Alves, que estava dormindo no local e tentou intervir em defesa da mulher, foi atacado.
Nesse momento, Lucas usou um pedaço de madeira para golpear João Marcos até deixá-lo desacordado. Na sequência, o réu praticou a extirpação dos órgãos genitais da vítima. Segundo o laudo do IML, João Marcos morreu em decorrência de uma hemorragia massiva causada pela mutilação.
Motivação e violência contra a mulher
A promotoria sustentou que a motivação do crime foi o sentimento de posse e ciúmes do réu em relação à ex-companheira. Após o homicídio, a espiral de violência não cessou. O condenado se dirigiu à casa de uma vizinha, onde ela havia conseguido se esconder. Lucas continuou a agredi-la e forçou-a a acompanhá-lo na fuga do local.


