Aquabus: Prefeitura de Ilhabela retoma projeto do transporte público pelo mar

Após oito anos parados, os aquabus devem começar a funcionar em Ilhabela. Na última semana, a prefeitura deu início às intervenções necessárias para implantação do esperado transporte aquaviário na cidade.

Os píeres onde as embarcações devem atracar começaram a receber as passarelas metálicas, bem como os flutuantes, que tornarão o transporte acessível a pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

De acordo com a administração pública, o sistema entrará em operação com os três aquabus que estão sendo recuperados após anos parados em uma marina de Caraguatatuba. As embarcações terão capacidade para aproximadamente 55 pessoas sentadas, sistema de ar-condicionado e TVs de tela plana. Para a navegação, as embarcações contam com motores modernos e sistema de GPS.

As viagens serão com paradas nos píeres da cidade. O valor inicial da passagem está previsto para ser igual ao do transporte urbano nos ônibus. A ideia é oferecer um serviço integrado por meio do Bilhete Único. Quem utiliza o cartão eletrônico paga R$ 2,10 e quem não possui o cartão paga R$ 5. A prefeitura subsidia o saldo do valor pago à operadora, que é de R$ 9,20.

“Os aquabus foram abandonados pela antiga gestão em uma marina na cidade vizinha por cerca de quatro anos. Esse abandono gerou a abertura de um processo judicial por parte da marina contra a Prefeitura de Ilhabela. Conseguimos reverter a situação e, em breve, vamos entregar para a cidade mais uma opção de transporte público de qualidade para nossos moradores e turistas que nos visitam”, destacou o prefeito de Ilhabela, Antônio Colucci.

Histórico

Os três catamarãs foram adquiridos em 2015 por quase R$ 5 milhões, mas antes de entrar em funcionamento, o Ministério Público apontou irregularidades cometidas no procedimento de compra.

Os barcos foram comprados e entregues sem certificação para a navegação; sem estudo de viabilidade socioeconômica para a operacionalidade (mapa sobre subsídio); sem adequação dos píeres e embarcações para acessibilidade; e também sem investimentos para abrigo dos passageiros nos píeres, entre outros problemas legais. Agora, a prefeitura firmou acordos com o MP e realiza as adequações necessárias em busca de concretizar o projeto.

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