A EDP, distribuidora de energia em Caraguatatuba e São Sebastião, vai utilizar drones para monitoramento da rede elétrica da região. A companhia é a primeira do setor a receber certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar comercialmente o sistema.
Em um ano, a companhia estima fiscalizar uma área de 30 a 40 mil quilômetros de redes. Com a liberação, a tecnologia poderá também ser utilizada em outros países onde a empresa atua, como Portugal e Espanha.
Os drones podem identificar anomalias, assim como outros tipos de riscos, como incêndios ou invasões da faixa próxima à fiação, o que causa risco ao sistema e à segurança, principalmente, dos moradores.
De acordo com a EDP, a expectativa é otimizar a manutenção preventiva de equipamentos e ativos, aumentando a vida útil e melhorando os índices de eficiência no fornecimento de energia.
Como funcionam os drones
Para serem utilizadas, as plataformas áreas de asa fixa precisam decolar de uma pista de pouso e estarem devidamente autorizadas pelo Departamento do Controle do Espaço Aéreo (Decea), por meio da autorização de um plano de voo.
As plataformas aéreas de asa fixa (drones EDP) estão autorizadas a operar para fins comerciais em condições de voo automático, sem que o piloto esteja visualizando os mesmos, percorrendo grandes distâncias.
Os drones possuem câmeras de alta resolução, além de recursos como infravermelho e ultravioleta, para realizar as inspeções. Após cada voo, os vídeos são enviados ao sistema, que, por sua vez, os analisa utilizando processamento digital de imagens, com técnicas de inteligência artificial para detectar as anomalias. Uma vez que a anomalia é validada, o sistema gera relatórios que são encaminhados às áreas responsáveis pela manutenção.