São Sebastião encerra parceria com Associação de Amparo à Mulher

A Prefeitura de São Sebastião comunicou o fim da parceria com a Associação de Amparo à Mulher Sebastianense (AAMS), entidade com 42 anos de atuação na cidade.

O ofício assinado pela secretária de Desenvolvimento Social, Rogéria Freitas, informa que “não haverá interesse” em prorrogar a parceria, que se encerra dia 31 de dezembro.

No Facebook, a Prefeitura já proclamou a desativação da AAMS, anunciando que “a partir desta semana, o atendimento às mulheres na cidade passa a ser centralizado na Casa Poderosa” – unidade da Prefeitura inaugurada em março. “O convênio com a AAMS foi descontinuado porque ambas cumprem o mesmo papel. Todas as mulheres atendidas pela AAMS serão encaminhadas para a Casa Poderosa”, publicou a Prefeitura.

Associação de Amparo ainda luta

Mas a AAMS ainda espera reverter a decisão, em reunião que pretende agendar com o prefeito Felipe Augusto. A entidade tem convênio com a Prefeitura desde 2007.

O repasse mensal é de R$ 17,4 mil, que custeiam uma assistente social, duas psicólogas e um gerente administrativo para os cerca de 100 atendimentos mensais. “Vamos tentar continuar nem que a gente diminua as atividades”, disse a diretora Elizabeth Chagas.

O anúncio do fim do convênio pegou de surpresa os membros do Conselho de Assistência Social. No mesmo dia que a Prefeitura comunicava o desinteresse em prorrogar a parceria, o Conselho aprovava a manutenção do repasse à AAMS para o ano que vem.

“Não existe nenhum parecer técnico contrário ao trabalho desenvolvido pela AAMS. Pelo contrário, a parceria da instituição com a Assistência Social só fez crescer a luta pela mulher sebastianense”, opinou a conselheira Rita de Cássia.

O movimento social Coletivo Caiçara manifestou repúdio. “Não reconhecer a importância da AAMS, a ponto de encerrar o termo de cooperação, é uma atitude covarde e autoritária do prefeito reeleito”, considerou.

Já a presidente do Conselho dos Direitos da Mulher, Andréa Hiraoka, acredita que as mulheres “não ficarão desamparadas”. “O governo está muito empenhado em fortalecer políticas voltadas para a mulher”, declarou.

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