O açougueiro Bruno Matos Prates, 34 anos, foi morto na noite de sábado (31) com 14 facadas após se envolver em uma briga por conta do ‘sumiço’ de um moletom, em Ilhabela. Um amigo dele também foi ferido, mas sobreviveu. Os acusados, mãe e filho, foram presos após se entregarem à polícia.
O caso teve início ainda na noite de sábado dentro de um bar localizado na rua do Zabumba (Alto da Barra Velha), onde se encontrava Bruno e os acusados, F.S.L, 20 anos, e sua mãe, a camareira L.S., 35 anos, a Mazinha.
Testemunhas contaram que viram Bruno e F. discutindo e logo depois o acusado em cima da vítima desferindo as facadas.
Foram contabilizados 14 golpes, que o atingiram no braço esquerdo, tórax, dorso, axilas, pernas direita e esquerda, além da coxa esquerda. Ele chegou a ser levado pelo Samu ao Hospital Mario Covas, mas não resistiu aos ferimentos.
A outra vítima, o ajudante de cozinha D.F.S, 41 anos, contou à polícia que chegava ao bar com a moto da vítima quando percebeu a discussão. Ele viu o amigo sendo agredido com as armas e teria partido para cima do agressor.
“Neste momento senti uma dor nas costas, mas achei que era soco”, relatou ao ser ferido, também com uma faca, desta vez pela mãe do acusado, a quem ele conta ter desferido um soco.
Ele também foi levado ao hospital municipal por parentes e teve alta na manhã deste domingo (1º).
Facadas e o moletom
Os dois acusados fugiram e, na manhã deste domingo, teriam ido à Delegacia de Polícia de Ilhabela para se entregar. Em depoimento, F. teria confessado o crime e relatado que o motivo teria sido o sumiço de um agasalho de sua sobrinha, que teria sido roubado pela vítima.
Ao delegado Carlos Eduardo Lopes Gomes, ele disse que nesse meio tempo da discussão teria recebido mensagem de sua mulher, por isso foi embora. Ele retornou ao estabelecimento tempo depois, momento que encontrou com sua mãe no bar, assim como outros familiares.
Eles teriam voltado a discutir e, de acordo com o acusado, percebeu que a vítima estava com uma faca na cintura e partia para cima dele. “Consegui retirar a faca dele, por saber lutar, mas peguei a faca no chão e ‘aconteceram’ os golpes”.
Sua mãe também confirmou a informação da discussão por conta do agasalho e contou que partiu para cima da segunda vítima quando viu que ela batia em seu filho. A acusada, segundo contou à polícia, andava com uma faca na bolsa, mas não soube dizer o motivo.
Diante das confissões, os dois foram presos em flagrante por homicídio simples. Inicialmente a classificação foi de homicídio qualificado, mas foi modificada após a declaração de que teriam agido em legítima defesa. A arma que matou Bruno foi recuperada, enquanto a usada pela camareira não foi localizada.