Prevenir catástrofes e proteger a vida humana na época de chuvas é o objetivo da Defesa Civil no projeto Chuvas de Verão que começa a vigorar neste domingo (1/12).
Representantes da Defesa Civil das quatro cidades do Litoral Norte foram recebidas pelo capitão Antônio Carlos Bernardes, coordenador da Defesa Civil da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte e tenente André Smidi, comandante interino do Corpo de Bombeiros, onde foi apresentada operação e, dentro dela, o Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC).
O PPDC tem por objetivo principal evitar a ocorrência de mortes, com a remoção preventiva e temporária da população que ocupa as áreas de risco.
Segundo o tenente Smidi, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão unindo forças e padronizando atendimentos e materiais usados em ocorrências. “Neste momento, nossa maior preocupação é com acúmulo de chuvas. Temos muitas pessoas que moram em áreas de risco na região e queremos evitar que essas pessoas se tornem vítimas. “Desejamos manter o monitoramento constante preventivamente, para que não ocorra o deslizamento de terra e não tenham pessoas neles”.
Ele salientou que os munícipes podem ajudar, agindo de acordo com as orientações. “Se um agente da Defesa Civil bater em sua porta e informar que está em área de risco, é importante abandonar o local, saiba que a medida é para ajudá-lo”.
Para o vice-prefeito e coordenador municipal da Defesa Civil de Caraguatatuba, capitão Campos Junior, a cultura da Defesa Civil é baseada em ações conjuntas, em grupos de trabalho, em metodologias, em sistemas, em previsão do tempo, em ações de monitoramento e remoção; papel do coordenador regional “que trouxe alguns materiais produzidos como faixas de alertas a respeito dos escorregamentos de terra e raios, como proceder e a partir de domingo começaremos a vigência do PPDC”.
Ele ainda alerta que os alagamentos que atingem muita gente e envolvem famílias e os escorregamentos que são pontuais, podem levar uma casa inteira em segundos e são fatais, ou soterramentos das encostas.
Para o capitão Bernardes, a preocupação com o Litoral Norte é por causa da topografia que ocasiona o escorregamento de terra. E para ajudar a informação a chegar à população, o Governo do Estado criou novos serviços e tecnologias a serem usadas diante da possibilidade de ocorrência dos mais diversos eventos, como alagamentos, enxurradas, deslizamentos de terra, vendavais, chuvas de granizo e raios.
Uma delas é a parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), na instalação, em caráter experimental, de cinco estações (raio de 20 Km de alcance) para acompanhamento das atividades atmosféricas (pluviométricas e elétricas), nos municípios de Caraguatatuba, Ubatuba São Sebastião, Guarujá e Praia Grande.
Neste domingo será lançada a campanha SPAlerta, por meio do site (spalerta.sp.gov.br) em que haverá dicas do que fazer antes, durante e após os principais eventos adversos. Também serão emitidos avisos, de forma preventiva, aos clientes de TV a cabo, durante as programações com duração de 10 segundos.
Outra estratégia é a expansão da Rede Estadual de Emergência de Radioamadores (REER/SP), com objetivo de melhorar a comunicação entre os órgãos regionais e municipais de proteção e Defesa Civil, no caso de colapso dos meios convencionais de comunicação, durante o atendimento das ocorrências de desastres, especialmente no litoral do Estado.
As mensagens de texto (SMS), enviadas pelo número 40199, que repassa informações de riscos meteorológicos em qualquer um dos 645 municípios paulistas continuam valendo. Para isso, basta cadastrar o CEP da localidade de onde quer receber o serviço.