O município de Ubatuba já apresenta um caso confirmado de sarampo, conforme boletim divulgado na tarde de terça-feira (3) pela Vigilância em Saúde. Trata-se de um garoto de 8 anos, morador da região central, que passa bem. Há ainda outros 20 casos suspeitos, aguardando resultado de exame. Desse total, a maior parte – 14 casos – é de crianças e adolescentes entre 6 meses e 19 anos de idade.
Em Ilhabela já são dois casos confirmados da doença. A prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde e Vigilância Epidemiológica, confirmou na quinta-feira passada (29), que um paciente tem 29 anos, morador do Morro Santa Tereza, lado norte da cidade contraiu o sarampo. O homem está em casa e passa bem. O primeiro caso foi de uma adolescente de 17 anos, moradora da Barra Velha, e até o momento existem seis casos suspeitos em acompanhamento, aguardando os resultados de exames.
Os órgãos competentes estão seguindo protocolos de bloqueio do Ministério da Saúde através de um bloqueio vacinal. Ou seja, todas as pessoas que entraram em contato com a paciente deverão receber uma dose de vacina, com exceção de gestantes.
O sarampo é uma doença viral aguda é altamente contagiosa e sua transmissão é direta, de pessoa a pessoa, por meio das secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar e que permanecem dispersas no ar, principalmente em ambientes fechados como, por exemplo, escolas, creches, clínicas, meios de transporte.
Pode estar com a doença qualquer indivíduo, adulto ou criança, que apresente febre e manchas na pele, acompanhados de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse, coriza (nariz escorrendo), conjuntivite, independente de situação vacinal. Os sintomas aparecem em média de 10 a 12 dias a partir da data da exposição. As pessoas infectadas são geralmente contagiosas cerca de cinco dias antes do aparecimento da erupção cutânea até cinco dias depois.
Vacina: única prevenção
A vacina contra o sarampo é o único meio de prevenção da doença e faz parte do calendário vacinal de crianças e adultos e, portanto, está disponível para toda a população na rotina das salas de vacina de todas as Unidades Básicas de Saúde.
A recomendação é que profissionais da educação, viajantes, além dos que atuem no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, guias e outros que mantenham contato com viajantes internacionais recebam doses extras. A vacina só não é recomendada para crianças menores de seis meses, gestantes e pessoas com imunidepressão (como câncer e HIV).
O Ministério da Saúde estabelece que as crianças devem receber duas doses da vacina, uma aos seis meses e a segunda ao completar um ano. Quem não se imunizou quando criança, até os 29 anos, deve receber duas doses. Dos 30 aos 59 anos, é recomendada uma dose única da vacina.