Ao checarem uma denúncia anônima, policiais do 3° Batalhão de Policiamento Ambiental flagraram um rinha de galo em plena atividade dentro de uma casa na Rua Deuteronômio, no Jardim Tarumã, região sul de Caraguatatuba.
Como a denúncia apontava também a possível presença de homens armados, os policiais foram ao local e logo escutaram os cacarejos dos galos, momento que entraram na casa onde havia 17 pessoas assistindo dois galos lutando com esporas artificiais e ponteira de aço no bico.
Nas buscas, foram encontrados outros sete galos armazenados de forma inadequada, aguardando serem utilizados nas lutas. De acordo com a Polícia Ambiental, todas as aves estavam desprovidas de água, comida e mutiladas devido às rinhas que já haviam participado. Não foram encontradas armas com envolvidos.
Os animais foram apreendidos e os acusados conduzidos até a Delegacia de Polícia Central onde foi registrado boletim de ocorrência por infração do artigo 32 da Lei 9.605/98 que trata de Crimes Ambientais.
Essa lei artigo dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e esse artigo penalizada com prisão de três meses a um ano e multa quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
É o que deve ocorrer porque, conforme a Policia Ambiental, será solicitado um laudo veterinário e as aves devem ser sacrificadas por injeção letal (método humanizado) e incineradas.
“Esses animais foram treinados para brigar e por isso não podem ser mantidos em cativeiros e como são alimentados com anabolizantes, também não podem ser doados para alimentação”, observa o policiamento.
Na esfera administrativa os envolvidos vão responder por Infração Ambiental com base no artigo 29 da Resolução da Secretaria do Meio Ambiente 48/14, com aplicação de multa no valor R$ 6 mil, um total de R$ 102 mil.
Com o sacrifício dos galos, a multa será dobrada, chegando a R$ 12 mil por envolvido, totalizando R$ 204 mil. Todos estão à disposição da Justiça.
Denúncias podem ser feitas pelo telefone (12)3886-2200.