Polícia Ambiental flagra baloeiros no Parque Estadual da Serra do Mar

Durante ‘Operação Corpus Christi’ realizada pela Polícia Ambiental de Caraguatatuba foram detidas duas pessoas que iriam soltar balão na área do Parque Estadual da Serra do Mar. A ocorrência teve início após o recebimento de denúncia da presença de varias pessoas na Estrada da Porteira Preta, no bairro Pegorelli, a região sul do município.

De acordo com a Ambiental, no local, os infratores se dispersaram após ver a viatura. Foi feito patrulhamento pelas imediações e próximo à obra do Contorno Sul da Nova Rodovia Tamoios, no mesmo bairro, os policiais  visualizaram um veículo estacionado e fizeram a abordagem.

Com o casal C.F., e M.I.S foram localizados partes de um balão (bandeira) veja video, dois rolos de barbante, um botijão de gás e um maçarico espalhados pelo chão. Eles teriam confessado que iriam soltar o balão e por isso foram levados para a Delegacia de Polícia Central onde o delegado de plantão elaborou o boletim de ocorrência com base no artigo 42 da Lei Federal 9.605/98, apreendeu os apetrechos pela Delegacia e liberou os autores.

A dupla foi autuada em R$ 20 mil por infringir o Artigo 59 da Resolução 048 da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, bem como pelo artigo 42 da Lei Federal 9.605/98.

O artigo 59 trata de fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou em qualquer tipo de assentamento humano. A multa é de R$ 5 mil por unidade.

A resolução entende que a soltura do balão inicia-se nos atos preparatórios ao seu lançamento, encerrando-se com a sua captura, em qualquer local.

Já a Lei Federal 9.605/98 que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências, em seu artigo 42 também fala sobre a soltura de balões  e impõe detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

A Polícia Ambiental alerta que o maior problema dos balões está na combinação de estopa, papel de seda e materiais inflamáveis, parafina e querosene, aquecidos em seu interior. Nesta época de festas juninas, a incidência é maior mesmo com a divulgação dos perigos que representam.

O alerta é que nos meses de junho e julho, o ar fica mais seco e facilita a propagação de incêndios, principalmente florestais, que danificam ainda mais a fauna e a flora, mesmo em áreas urbanas.

Além do fogo, a queda de um balão pode interromper o fornecimento de energia ao danificar linhas de transmissão, causar incêndios nas áreas urbanas, em pólos petroquímicos, refinarias de petróleo e depósitos de combustíveis.

Denúncias podem ser feitas pelo telefone (12) 3886-2200.

 

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