O comediante Maloka, que esteve em Ilhabela no feriado de Páscoa para se apresentar no evento Ilhabela Comedy 2019, denunciou uma suposta incoerência entre o valor recebido pelos artistas e o divulgado do Diário Oficial do município. Segundo o documento, o cachê firmado é de R$ 12 mil, mas ele afirma que os humoristas receberam R$ 1,7 mil cada um pelo trabalho. A Prefeitura informou que os pagamentos estão regulares e que cabem à empresa contratada.
O comediante denunciou ainda ter rebebido ameaças por denegrir a imagem do turismo no arquipélago e acabou nem se apresentando na data programada.O caso veio à tona após Maloka ter divulgado uma paródia nas redes sociais fazendo piada sobre o preço do camarão na cidade. Ele utilizou uma música para criticar o alto custo dos produtos na ilha e se referiu também à longas filas da balsa para entrar na cidade.
Segundo ele, foram seis horas de espera na fila, no dia 18 de abril. O artista foi apoiado por alguns e criticado por outros. Um dos comentários se referiu ao fato dele receber um alto pagamento para se apresentar e ainda assim, reclamar. Foi quando a suposta inconsistência da licitação apareceu.
A organização do evento Ilhabela Comedy divulgou uma nota onde esclarece que os valores contratados também incluem equipe de apoio, cobertura do evento, mídia, hospedagem, transporte, alimentação, palco, som, seguranças, brigadistas, camarim e banheiros químicos, além do cachê. “A Prefeitura de Ilhabela não é responsável pelo pagamento de qualquer despesa do artista, sendo isso de responsabilidade da contratada. O propósito do evento é promover entretenimento e lazer aos moradores e turistas”.
A Prefeitura de Ilhabela informou que a contratação da empresa responsável pela realização do Ilhabela Comedy ocorreu conforme determina a lei, ou seja, sem irregularidade alguma. “A responsabilidade da contratação e pagamento dos cachês dos artistas cabem à empresa. Mesmo assim, face aos comentários e especulações de um dos artistas envolvidos no referido evento, o prefeito determinou providências ao secretário da pasta para disponibilizar toda documentação a quem interessar, para sanar qualquer dúvida e especulação sobre ilegalidade na contratação”.