O Litoral Norte registrou 323 acidentes envolvendo pipas na rede elétrica em 2018. Os dados são da EDP, companhia responsável pelo serviço na região. A empresa alerta para a importância de realizar a atividade de forma segura, permanecendo longe de redes elétricas, especialmente nas férias escolares, período que concentrou 56% das ocorrências.
Foram 221 acidentes em Caraguatatuba e 102 na cidade de São Sebastião, deixando 13.438 clientes sem energia em algum momento do ano. Nesses casos, as equipes da EDP realizam o reparo e a limpeza da rede danificada, que, na maioria dos casos, tem a camada protetora da fiação cortada pela linha da pipa, interrompendo o fornecimento para a região.
Segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), as pipas foram a quinta maior causa de mortes relacionadas a energia elétrica no país entre 2009 e 2017, atrás de construção/manutenção predial, ligações clandestinas, instalação de antenas e poda de árvores. No período foram registrados 77 óbitos.
Marcio Jardim, gestor executivo da EDP, reforça a importância da prática segura da brincadeira. “Trabalhamos para restabelecer o fornecimento de energia o mais rápido possível, mas nossa preocupação maior é com a segurança. Sabemos que o cerol ainda é muito utilizado e, por ser composto de pó de vidro, é altamente condutor de energia, podendo causar sérios acidentes com quem está brincando e com outras pessoas.”
Para conscientizar a população e alertar crianças e adultos sobre como reduzir os riscos na hora de brincar, a EDP e o Instituto EDP realizam projetos durante todo o ano com as comunidades dos municípios onde a concessionária atua, principalmente em escolas e áreas com altos índices de ocorrências com a causa pipas.
Além de serem proibidos, o cerol e a chamada “linha chilena” trazem risco para motociclistas e pedestres e também oferecem perigo no contato com a rede de energia. Ao cortar a camada protetora da fiação, a linha interrompe a transferência de corrente elétrica, podendo provocar curto-circuito. O lançamento de objetos nos fios e a realização da atividade em caso de relâmpaos também não são recomendados.