Presa em Ubatuba quadrilha procurada por clonagem de cartões e crimes cibernéticos

Por Fernanda Veiga

Quatro homens apontados como membros de facções criminosas no Rio de Janeiro foram presos no domingo (30), em Ubatuba. Contra eles pesam denúncias de fraudes em contas bancárias, clonagem de cartões e de veículos, tráfico de entorpecentes, porte ilegal de arma, lavagem de dinheiro e diversas outras ações criminosas.

Dois deles eram procurados pela polícia e outro apontado como o hacker mais procurado no Brasil por clonagem de cartões bancários.

A prisão foi feita por policiais militares da Força Tática e Rondas Ostensivas Com Apoio de Motocicletas (Rocam) após recebimento de denúncias. A quadrilha estava hospedada em apartamentos de luxo e utilizavam carros de alto padrão, produtos dos golpes aplicados.

Com eles foram apreendidos arma de fogo, munições, diversos cartões bancários, documentos de veículos, movimentações bancárias, notebook , HD externo, celulares e dinheiro em espécie.

Open Doors

Segundo a Polícia Federal, já havia mandado de prisão pelo Estado do Rio de Janeiro, pela operação Open Doors, por crimes cibernéticos graças a fraudes aplicadas pelo grupo, como o envio aleatório de emails e mensagens por celular a milhares de pessoas. As mensagens eram identificadas como sendo de instituições bancárias e pediam para que os clientes atualizassem suas senhas clicando em um endereço específico na internet.

Ao clicar nesses endereços, as vítimas eram direcionadas a websites com programas capazes de capturar informações de contas e senhas, que permitiam a quadrilha retirar quantias dessas contas de forma fraudulenta.

Outro golpe do grupo, que causava prejuízos ainda maiores, segundo o Ministério Público,, chegando a R$ 500 mil em alguns casos, era a ligação telefônica para potenciais vítimas. Os fraudadores se faziam passar por funcionários de bancos para obter dados pessoais. Entre os alvos estavam, inclusive, funcionários do setor financeiro de grandes empresas.

“Os integrantes da organização adotaram mecanismos para camuflar a origem ilícita do produto de seus crimes econômicos, na figura típica conhecida como lavagem de dinheiro, por meio da utilização de ‘laranjas’ na compra de terrenos, apartamentos e salas comerciais e para a ocultação de patrimônio”, diz nota da Promotoria.

Os investigados foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro, pela prática de crimes patrimoniais, com subtração de valores das contas bancárias por meio de transações fraudulentas, além de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Os quatro suspeitos foram presos em flagrante por formação de quadrilha, porte ilegal de arma de fogo e outros crimes relacionados a fraudes bancárias.

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