Mais um Festival do Camarão em Ilhabela, o 23º. Desta feita, com uma estrutura melhor elaborada que as anteriores, a das tendas, criando uma área de circulação margeando estandes semelhantes aos construídos para a Semana de Vela. Foram dois palcos para shows musicais, dispostos nas extremidades.
Uma verba milionária de um milhão e quinhentos mil reais foi gasta pela prefeitura no evento. O ideal é que as instalações pudessem ser reaproveitadas para outros momentos para que não se ficasse na prática do monta e desmonta a que ficamos acostumados, ano após ano, não percebendo mais a irracionalidade de tamanho desperdício.
O folder do evento contou com uma bela ilustração do pintor Giba Ilhabela. Mas as fotos dos pratos ao invés de abrirem o apetite, o espantavam. Iluminação mortiça, foco mal feito, composições pobres, balanço de branco inadequado, tudo convergiu para criar um material fotográfico indigente, em nada à altura de uma verba tão aquilatada.
Fotografia de culinária é uma área que exige muita perícia, grande sensibilidade e equipamento correto. Não dá para fotografar comida com celular. A gente comum faz isso o tempo inteiro e posta nas redes sociais causando indigestão. No entanto, os chefes de cozinha que realmente valorizam suas criações culinárias precisam ter a consciência da necessidade de fotografá-las com o merecido cuidado. Só assim elas embelezarão seus cardápios encantando o olhar da clientela.
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