Rampa leste do morro Santo Antônio recebe contenção contra deslizamentos

Área também receberá mudas de espécies nativas adequadas ao espaço

Técnica de rapel é usada para plantio no morro (Foto: Cláudio Gomes/PMC)


As obras de contenção do trecho da rampa leste do morro Santo Antônio entram em sua última fase, que consiste no plantio do capim vetiver. Para a execução dos trabalhos foram utilizadas diversas metodologias, entre elas, o rapel, já que trata-se de uma área com declividade.

Após a análise de diversas opções de contenção, optou-se por realizar a Engenharia Natural, um conjunto de técnicas de engenharia em que os principais materiais de construção são plantas, comunidades vegetais e sistemas naturais. 

O capim vetiver é uma gramínea perene, bastante utilizada em obras de contenção. Suas raízes apresentam sistema radicular que formam um grampeamento natural, visando a estabilização de encostas e taludes.

Após essa etapa, serão plantadas também mudas de espécies nativas adequadas ao espaço, visando a recomposição vegetal do local.

De acordo com Tatiana Scian, diretora de Saneamento e Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, após a finalização da obra, será realizado um monitoramento periódico do local, visando a necessidade de novas intervenções ou adequações. 

“Faremos esse acompanhamento em parceria com a Defesa Civil, com objetivo de mitigar outros possíveis deslizamentos”, explicou.

Histórico

Em 2017, Caraguatatuba sofreu com fortes chuvas que geraram um escorregamento de terra, provocando uma fissura no morro Santo Antônio, desde o topo até a base. 

Por se tratar de uma região com aclive, a Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, juntamente com a Secretaria de Obras e Defesa Civil, decidiram realizar a contenção e estabilização da encosta para evitar novos escorregamentos.

A recomposição do local de deslizamento foi feita com material vegetal vivo, combinado com estruturas inertes como madeira, pedra, bambu, mantas geotêxteis e estruturas metálicas. 

A ideia é que com o tempo, a própria vegetação irá incorporar as contenções naturais, trazendo harmonia ambiental e paisagística, além da recomposição estrutural do local.

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