Campanha acabou prorrogada e a população pode procurar postos de saúde até 15 de junho
Campanha teve baixa adesão em todo o Brasil (Foto: PMSS/ Divulgação) |
Por Fernanda Veiga
A Campanha de Vacinação contra Influenza Tipo A (H1N1 e H2N3) e Tipo B ficou abaixo do esperado no Litoral Norte, tendência observada em todo o País, por isso, a ação cabou prorrogada até o próximo dia 15 de junho. Um dos motivos é atribuído à greve dos caminhoneiros.
O percentual preconizado pelo Ministério da Saúde é de cobertura vacinal de 90% dentro dos grupos de risco. Até 4 de junho, a cobertura vacinal em São Sebastião havia atingido 68,12% de pessoas dos grupos-prioritários, sendo 42,35% das crianças menores de 5 anos, 77,57% dos trabalhadores da saúde, 63,58% de gestantes, 100% das puérperas, 100% dos indígenas, 88,23% dos idosos e 49,23% dos professores.
Em Ubatuba, a Secretaria de Saúde informou que até 30 de maio o alcance foi de 87,52%. Porém, ainda está baixa em crianças (com 47,51%), gestantes (67,09%) e professores (81,62%).
Já em Caraguatatuba, a Campanha de Vacinação Contra a Influenza chegou a quase 100% na maior parte dos segmentos do grupo prioritário. Ainda assim, a campanha foi prorrogada até o dia 15. Das crianças de seis meses a menores de cinco anos, 58,29% já foram vacinadas. Dentro do grupo dos trabalhadores de Saúde, 109,31% foram imunizados. As gestantes atingiram um índice de 86,66% de vacinadas e puérperas alcançaram 104,25%. No segmento dos idosos, 104.03% foram imunizados e, entre os professores, 99,25% foram atingidos.
Em Ilhabela, até o dia 23 de maio a cobertura dos grupos de risco atingiu 60,90% e a adesão mais baixa é de 26,88%, que se refere ao grupo das crianças de seis meses a menores de cinco anos.
“A população dos grupos de risco precisa se conscientizar da importância dessa vacina devido à alta gravidade da doença, que já levou a óbito centenas de pessoas pelo País, inclusive em nossa região”, declarou o prefeito do arquipélago Márcio Tenório.
Apesar dos alertas, há uma fatia considerável da população que tem medo de agulha e acabou procrastinando sua ida ao posto de saúde, ainda mais porque não faz muito tempo desde a campanha de vacinação contra a Febre Amarela. O medo causado por muitos boatos espalhados pela internet também contribui para a baixa procura.
Prevenção
A vacina contra gripe é segura e salva vidas. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza. Ela protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que são H1N1, H3N2 e Influenza B. Neste ano, apenas o subtipo H1N1 não sofreu mutação.
Os principais sintomas são febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse seca. A febre mais forte é um dos sintomas mais característico e dura em torno de três dias. Já o resfriado é causado por vírus diferentes e geralmente acometem crianças. Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com da gripe, são mais leves e duram menos tempo, entre dois e quatro dias, no total. Eles incluem tosse, congestão nasal, coriza, leve dor no corpo e na garganta. Não é muito comum ter febre durante um resfriado e, quando acontece, não eleva muito a temperaturas do corpo.