O presidente do Yacht Club de Ilhabela e ex-assessor do presidente Michel Temer, José Yunes, foi solto na madrugada deste domingo (1°/4), em São Paulo. Ele foi liberado pela Polícia Federal (PF) após três dias e um pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Os outros 15 investigados na Operação Skala também tiveram os pedidos de liberdade aceitos.
De acordo com informações, Yunes, que também é amigo pessoal do presidente, teria sido preso, na última quinta-feira (29/3) por que no primeiro depoimento, no final de 2017, “teria se utilizado de subterfúgios para não responder claramente aos questionamentos dos investigadores”.
Conhecido em Ilhabela por promover festas para a alta sociedade na mansão de sua família, Yunes havia informado que realizou apenas um negócio junto ao presidente: a venda de um imóvel, há 20 anos, onde funciona hoje o escritório político de Michel Temer em São Paulo. Porém, no segundo depoimento confessou ter vendido uma casa para primeira-dama, Marcela Temer, no bairro de Pinheiros, por R$ 800 mil. Os imóveis na região são avaliado em cerca de R$ 4 milhões e a investigação apura por que a negociação foi feita abaixo do valor de mercado.
Além disso, o comodoro, de 82 anos, é acusado de participar de transações que teriam beneficiado empresas do setor portuário através da publicação de uma medida provisória. Ele negou qualquer relação com o decreto dos portos e com a empresa Rodrimar, alvo da Operação.
O Palácio do Planalto divulgou uma nota oficial em que defende Temer e nega qualquer envolvimento dele com as denúncias da PF.